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Crítica: Análise do filme ‘Cinderela’, protagonizado por Camila Cabello

Lançado no último dia 3, Cinderela, protagonizado pela cantora Camila Cabello, é a adaptação que passou mais longe do conto original do clássico infantil. A versão  conta a história de uma Cinderela, que, diferente das outras, não quer ser uma princesa, mas, conquistar o seu espaço na sociedade através do seu trabalho.

A seguir, confira a crítica sobre o novo filme da Amazon Prime Video, Cinderela.

Cinderela, filme protagonizado por Camila Cabello, está disponível na Amazon Prime Video.
Cinderela, filme protagonizado por Camila Cabello, está disponível na Amazon Prime Video. | Foto: Reprodução.

A nova Cinderela foge do conto de fadas e do gosto do público

A problemática do filme é uma tentativa falha de modernização do conto, com a apresentação de uma personagem à frente do seu tempo, com algumas situações sem sentido. A ideia de fazer uma adaptação que quebrasse alguns tabus foi boa, mas na prática pareceu “coisa demais”. Por exemplo, uma protagonista pode sim ser empoderada, porém, uma plebeia afrontando o seu rei na frente do público é meio absurdo até em conto de fadas, o empoderamento da personagem, às vezes, se confunde com a falta de noção de coisas básicas. É compreensível que Ella inspire algumas mudanças nos padrões desse tipo de filme, mas as razões que incitam essas mudanças desafiam a lógica.

Já o compilado de canções populares se tornou o ponto alto do filme, as músicas escolhidas são conhecidas por quase todo mundo, é fácil para distrair e atrair o público para cantar junto.

Mas, os 40% de aprovação no Rotten Tomatoes dado ao filme até o momento é bem justo, pois ele se torna um compilado de personagens superficiais, que acabam aparecendo só por aparecer, vide as “irmãs más” da Ella, que não tem propósito algum no filme, aparecem só pra compor o tempo de tela, pois não somam muita coisa a história contada, assim como alguns membros da realeza. 

Mesmo com cenários musicais deslumbrantes, o filme não consegue segurar e envolver o público, falta identidade individual, transformando o que deveria ser os seus pontos altos em compilados de videoclipes que pouco fazem sentido a história contada, tornando-se frustrante e mal ajustada.

O sapatinho de cristal? Quebrou! A parte musical tentou segurar uma protagonista sem experiência, atuações medianas e um enredo fraco, mas, não foi o suficiente para tirar desta versão o título de pior adaptação da história da Cinderela.

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Por Jessica Santos – Fala! UFBA

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