sexta-feira, 26 julho, 24
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A crise ambiental na Bahia e os retratos da desigualdade

Uma tragédia ambiental e social atinge a Bahia e os moradores do sul do estado. As chuvas que atingem o estado desde o início do mês se agravaram nos últimos dias, fazendo com que diversas famílias tivessem que deixar suas moradias. Duas barragens se romperam devido as grandes tempestades e diversas cidades seguem alagadas ou submersas. A crise ambiental na Bahia piora cada vez mais.

Números divulgados pelo Governo Estadual nos mostram que o desastre já vitimou 25 mortos e deixou mais de 91 mil pessoas desabrigadas ou desalojadas e 358 feridos. O governo trabalha com a estimativa de que mais de 470 mil pessoas estão sendo afetadas por conta das chuvas. 

Esta catástrofe evidencia uma grande desigualdade social na qual diversas populações ribeirinhas, indígenas e grupos de pesca são afetados diretamente pelo aumento do nível dos rios e pela falta de infraestrutura em suas áreas.

Crise Ambiental na Bahia
Crise Ambiental na Bahia. | Foto: Reprodução

A crise ambiental na Bahia e a negligência governamental

Em meio a todos estes desastres ambientais, o Governo Federal, recusou receber a ajuda humanitária oferecida pela Argentina. O governador da Bahia, Rui Costa, anunciou, por meio de suas redes sociais, que o Estado aceitará ajuda de forma direta, sem que seja necessário passar pela diplomacia brasileira.

Durante todo este período catastrófico, gerou-se, uma grande insatisfação nas mídias sociais, no qual, em meio a crise ambiental no sul da Bahia, o Presidente Jair Bolsonaro estava tirando férias.

Para tentar amenizar as críticas, o Governo Federal montou um grupo de apoio com a força tarefa para divulgar as respostas de Bolsonaro à crise. Uma das respostas para a crise foi uma abertura de crédito de R$ 200 milhões para a Bahia. Mas uma MP publicada no dia 28/12 distribuiu essa verba para reconstruir rodovias de cinco estados.

A causa das chuvas

Durante o início do mês de dezembro, o que causou as chuvas foi um ciclone extratropical, por conta de uma mudança de temperatura no Oceano Atlântico. De acordo com os especialistas, a tempestade ocorreu pela combinação de dois fenômenos climáticos: um corredor de umidade que vem da Amazônia e a formação de uma depressão subtropical. 

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Por Matheus Almeida – Fala! Uniasselvi

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