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‘Continência ao Amor’: Confira uma análise crítica completa

Continência ao Amor é um filme de romance que chegou ao catálogo da Netflix no mês de julho deste ano. A trama é baseada no livro de mesmo nome da escritora Tess Wakefield e se tornou um verdadeiro sucesso na Netflix.

O longa tem se mantido no Top10 filmes da Neflix Brasil. O segredo para tanto sucesso, certamente, está no enredo que, apesar de clichê, é sensível e emocionante. A seguir, confira a trama e uma análise crítica completa de Continência ao Amor.

Continência ao Amor
Confira uma análise crítica de Continência ao Amor. | Foto: Montagem/ Divulgação

Enredo do romance

Continência ao Amor é um filme que se enquadra no gênero drama e romance, e traz a história de Cassey Salazar (Sofia Carson), uma mulher liberal que não acredita no amor e sonha em ser uma grande estrela da música.

Para seguir seu sonho, ela trabalha em um bar e aproveita para se reunir com os amigos para fazer um som, muitas vezes com músicas autorais. Mas um problema de saúde vira sua vida de cabeça para baixo, a jovem descobre que sofre com diabetes do tipo 1, e para custear o tratamento, ela passa por dificuldades financeiras. Em determinado momento, ela percebe que ou paga o aluguel ou seu tratamento de saúde.

Desesperada, ela conhece um militar que está prestes a ir para guerra, Luke Morrow (Nicholas Galitzine) e decide se casar às pressas para obter o benefício de ganhar um plano de saúde. A princípio, os dois não vão com a cara um do outro, mas precisam fingir o romance porque Cassey precisa do plano de saúde e Luke precisa pagar uma dívida.

Para resolverem seus problemas, eles se esforçam para fingir o amor, mas o destino promete surpreendê-los.

Análise Crítica de Continência ao Amor

Continência ao Amor é um filme que tem como foco o romance entre o casal. Nesse ponto, a produção chama bastante atenção, já que, apesar de aparentar ser só mais um filme de romance, ela traz um casal com bastante química e nuances entre a personalidade deles.

Enquanto Cassey é uma mulher que não acredita no amor, é independente e liberal, Luke é um cara que sonha em casar com alguém que ame e está preso aos sonhos de outras pessoas, já que seu objetivo é reconquistar a confiança do pai. A diferença de personalidade é mesclada de forma que entrega alguns momentos cômicos e muita química.

Mesmo que o foco seja o romance de Cassey e Luke, o filme trabalha questões sociais importantes de forma sutil. Como exemplo do machismo, muito presente entre o grupo de amigos militares de Luke e que é inclusive questionado por Cassey.

Além disso, pode-se observar um excesso de autonomia, que na verdade esconde uma dificuldade de receber ajuda e ser amado, o que pode ser percebido tanto em Cassey como em Luke. Por fim, outra questão abordada é o nacionalismo, em que cria-se um discurso de que o homem deve defender sua pátria, mesmo que custe sua própria vida.

Outro ponto forte do longa é a trilha sonora, que conta com músicas autorais de Cassey. Suas canções são inspiradas em suas próprias experiências: desafios, confusão e paixão, o que ajuda a contextualizar o enredo e esclarece os sentimentos da protagonista para o espectador.

Apesar de ser cativante, Continência ao Amor tem um roteiro corrido e não explora bem algumas questões. Por exemplo, o motivo de ter se casado com um cara que mal conhecia foi seu desespero para pagar seu aluguel e tratar sua diabetes. No entanto, após o casamento, a doença não é muito explorada e os privilégios obtidos como esposa de um militar também são poucos explorados, o que seria importante já que foi a motivação do casamento.

Ainda assim, a inclusão de protagonista jovem com diabetes é um ponto bastante positivo, sendo uma forma de conscientizar e representar os desafios vividos por quem sofre com a doença.

A relação de Luke com família, principalmente como pai, também poderia ter sido mais abordada, principalmente porque ele deseja impressionar seu pai.

Mesmo com alguns pontos negativos, Continência ao Amor é leve, sensível e emocionante. Assim, o longa cumpre com o que promete: ser um romance clichê para aquecer o coração e arrancar algumas lágrimas.

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Por Giovana Rodrigues – Redação Fala!

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