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Conheça melhor Carnage, o antagonista do novo filme do Venom

Venom, o filme solo do famoso personagem da Marvel, foi um sucesso entre o público geral e a quinta maior bilheteria de 2018 (US$ 852,69 milhões de dólares, na frente de Deadpool 2 e Bohemian Rhapsody), apesar das críticas negativas, apenas 29% de aprovação no Rotten Tomatoes.

O agora anti-herói Venom, interpretado por Tom Hardy, não sentiu falta do Homem-Aranha para contar sua história de origem. Então, se um simbionte funcionou, por que não chamar sua contraparte ainda mais perigosa para contracenar em Venom: Let There Be Carnage?.

A aposta para o posto de antagonista da sequência, que chegará aos cinemas em junho de 2021, tem seu nome no subtítulo do filme: Carnage, em português Carnificina. Caso ainda não tenha visto, confira aqui o teaser lançado pela Sony no dia 21 de abril.

Carnage fez sua estreia no universo do aracnídeo no número 361 da série de quadrinhos The Amazing Spiderman, em abril de 1992, seis anos depois da primeira aparição de Venom. Carnage tem como primeiro e mais famoso hospedeiro o serial killer Cletus Kasady, que apareceu na cena pós-créditos do primeiro filme sendo interpretado por Woody Harrelson. O que já era uma grande pista a respeito do vilão do próximo filme.

primeira aparição de carnage
A primeira aparição de Carnage. | Foto: Reprodução Marvel.

Nos quadrinhos, o psicopata Cletus Kasady teve uma infância típica de assassino em série: cresceu em um lar disfuncional e com a ausência de uma figura positiva. O pai de Cletus matou sua mãe enquanto ela tentava fazer o mesmo com a criança. Na corte, porém, Cletus acusou seu pai de ter matado sua mãe sem motivo algum, o que o fez ser sentenciado à cadeira elétrica.

O futuro hospedeiro do Carnificina preenchia ao menos dois dos três comportamentos da “tríade homicida” de futuros homicidas, costumeiramente creditada ao psicanalista forense John Macdonald. A tríade é composta por: crueldade com animais, propensão a causar incêndios e enurese noturna (o famoso fazer xixi na cama depois da idade esperada).

Cletus costumava torturar o cachorro de sua mãe e também, já no orfanato, colocou fogo em sua escola. Para além desses fatos aterradores, empurrou uma moça na frente de um ônibus e matou sua própria avó que praticava abusos frequentes contra ele.

Vale ressaltar que alguns estudos mais recentes na área apontam para esses três comportamentos como indicativos mais concretos de abuso infantil severo, o que pode ser conferido em matéria na revista Psychology Today. Sendo assim, se guiar por eles pode levar a um falso positivo que pode ser danoso à criança. No caso de Kasady, contudo, se encaixa perfeitamente como indicativo para ambos: abuso infantil grave e escalada do comportamento destrutivo de um serial killer.

Com o passar do tempo o inevitável aconteceu e Cletus foi mandado para a cadeira. O problema maior é que seu companheiro de cela era ninguém menos que Eddie Brock, o hospedeiro original do Venom. Durante a fuga da penitenciária, o simbionte acaba dando à luz ao seu filho, que logo entra em contato com o psicopata.

A partir daí, o estrago já está feito, com Carnage/Kasady livre para continuar seus assassinatos em Nova York. E, diferentemente do seu “pai”, Carnificina não tem a intenção de ir atrás de uma pessoa em específico, qualquer um pode ser sua próxima vítima. Devido à toda essa periculosidade, ainda maior contando com ferramentas mortais fabricadas pelo corpo do simbionte, o cabeça de teia é obrigado a recorrer ao seu velho inimigo, o Venom, para ajudá-lo a enfrentar a nova ameaça à solta.

Uma curiosidade interessante é que Carnage/Cletus se refere a si como “Eu”, não como “Nós”, o que acontece com Eddie Brock/Venom. Outra é que o simbionte teve como hospedeiros outros personagens famosos como o Doutor Octopus, o Surfista Prateado e Ben Reilly, um clone do teioso (afinal, se antes a moda era ameaças intergalácticas, não tem nada mais anos 90 do que clonagem, não é?), entre outros.

E aí, empolgado para Venom: Let There Be Carnage?? Será que no cinema o amigão da vizinhança é quem dará uma forcinha na captura desse que é um dos principais vilões do “aranhaverso”?

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Por Carlos Vinícius Magalhães – Fala! UFRJ

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