A adolescência é um período muito importante da formação cultural do indivíduo. É a fase em que entramos em contato pela primeira vez com diversas manifestações culturais que definirão muito dos nossos gostos no futuro. Portanto, investir neste público-alvo é uma chave importante para o sucesso. No cinema, o cenário não é diferente. Os filmes de gênero infantojuvenil têm ganhado cada vez mais espaço no mundo inteiro, e o cinema nacional tem produções incríveis voltadas ao público adolescente.
A seguir, vão cinco dicas de produções nacionais sobre o universo dos adolescentes. Confira!
Filmes adolescentes brasileiros para assistir
Confissões de Adolescente (2014)
Inspirado na série homônima de Maria Mariana, exibida na TV Cultura entre 1994 e 1996, o sucesso Confissões de Adolescente conta a história de quatro irmãs em plena puberdade. Tina, Alice, Karina e Bianca são surpreendidas pelo pai, no início do longa, com a novidade de que mudarão de casa por conta do novo valor do aluguel, dando um novo rumo à vida das meninas.
As quatro irmãs vivem diversos episódios, cada uma em uma fase da adolescência; seja início, meio ou fim. Questões como independência financeira, sexualidade e o primeiro amor da adolescência são abordadas a partir da história das meninas, tendo as redes sociais como plano de fundo. O longa quebra diversos tabus sobre o universo feminino de forma divertida e dialoga diretamente com a linguagem do público adolescente.
Direção: Daniel Filho
Califórnia (2015)
O filme inicia no primeiro dia da primeira menstruação da protagonista Estela, embarcando assim em uma grande jornada de autoconhecimento da adolescente. O longa tem a trilha-sonora como personagem de fundo (mas não menos importante) da trama.
O maior sonho de Estela é viajar para a Califórnia, onde mora seu tio favorito, que trabalha escrevendo sobre música e cultura pop. A música torna-se um elo de ligação da garota com o tio e, futuramente, com seu primeiro amor.
Estela acaba se apaixonando pelo novo aluno do colégio – e vê no garoto a oportunidade de se livrar de uma vez por todas de sua virgindade. Situada nos anos 80, o enredo também traz à tona a discussão sobre a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (Aids) e como a enfermidade foi responsável pela interrupção de diversos sonhos e vidas na época.
Direção: Marina Person
Maré, Nossa História de Amor (2008)
Dirigido pela honrosa Lúcia Murat, é um musical. O longa conta a história de Analídia e Jonatha, moradores da favela da Maré, no Rio de Janeiro. Os dois jovens sonham em ser dançarinos e acabam se conhecendo em uma ONG que oferece aulas de dança para comunidades carentes.
Na trama, a favela é comandada por duas gangues diferentes; cada uma coordena um lado da Maré. Analídia é prima do chefe do tráfico de um dos lados; Jonatha, morador do território liderado pela gangue opositora. Os dois tentam intermediar os conflitos do tráfico, em meio a números musicais, em uma tentativa de viver o amor proibido plenamente.
Direção: Lúcia Murat
Fala Sério, Mãe! (2017)
A história de Ângela e Malu é comum em muitos lares brasileiros. A mãe coruja e superprotetora passa a acompanhar todas as mudanças que a chegada da adolescência traz à vida da filha esperta e teimosa.
A montanha-russa adolescente faz com que ambas tenham que lidar com emoções, frustrações, medos e inseguranças juntas. Adaptado a partir da obra Fala Sério, Mãe!, da escritora Thalita Rebouças, o longa arranca gargalhadas e lágrimas do público com a relação e o processo de aprendizagem mútuo de mãe e filha.
Direção: Pedro Vasconcelos
Era Uma Vez… (2008)
Em um estilo Romeu e Julieta tupiniquim, Era Uma Vez… retrata o amor da patricinha Nina, moradora de Ipanema, e de Dé, morador do Vidigal e vendedor de cachorro-quente em um quiosque de praia. Nina mora na Avenida Viera Souto, famosíssima pelo mais alto custo por metro quadrado da América Latina. As janelas do apartamento da garota ficam de frente para o mar, logo em frente à pequena venda onde Dé trabalha.
Os dois acabam se conhecendo e, em seguida, se apaixonando. Mas as diferenças sociais e a desaprovação da família de Nina para com Dé acabam se tornando obstáculos no romance dos jovens. Nina e Dé acabam vivendo um romance perigoso e proibido, migrando entre Ipanema e Vidigal em uma quebra de estereótipos, críticas e preconceitos.
Direção: Breno Silveira
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Por Daniela Oliveira – Fala! PUC-SP