O Museu Nacional, um dos maiores museus da história natural e antropologia das Américas, localizado no Parque Quinta da Boa Vista, Palácio de São Cristóvão, no Rio de Janeiro, foi construído após o pedido de D. João VI durante a colonização brasileira.
Foi fundado no dia 6 de junho de 1818 e ficou conhecido como o “Museu Real”, pois serviu de residência para a família real portuguesa de 1808 a 1821 e também sediou a primeira Assembleia Constituinte Republicana de 1889 a 1891.
No dia 2 de setembro de 2018, semanas depois do bicentenário ter sido completado, o museu foi atingido por um incêndio que destruiu todo acervo que foi conquistados durante os 200 anos de sua existência.
O foco do incêndio começou em um curto-circuito no ar condicionado que pegou fogo e alastrou-se para outras áreas, isso ocorreu porque a manutenção do museu não estava sendo realizada, o museu estava abandonado há anos.
O museu possuía um precioso acervo, exemplo disso é o esqueleto humano mais antigo do Brasil, uma das maiores coleções de fósseis e moedas. Abrigava um acervo com mais de 20 milhões de itens e possuía uma das maiores bibliotecas especializadas em ciências naturais do Brasil. Dentre os itens que foram destruídos estavam a coleção de múmias de Dom Pedro I, os fósseis do dinossauro Maxakalisaurus e afresco de Pompeia.
Tudo virou cinzas, uma lástima quando se trata do patrimônio histórico mais antigo do Brasil. São 200 anos de existência que foram destruídos, histórias se perderam no meio das cinzas. 90% dos acervos foram queimados, cerca de 60 itens foram recuperados.
A recuperação do museu está prevista para abril, mas pode ser adiada a qualquer momento e não há uma data específica para começar as obras. A reconstrução se dará por etapas, o processo vai ser longo e demorado. Espera-se que a reforma completa seja finalizada somente em 2025. No entanto, a reabertura parcial está prevista para o dia do bicentenário da Independência do Brasil, em 2022.
____________________________________
Por Crislaine Santos – Fala! UFBA