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Como a implementação da fase emergencial afeta o meio esportivo?

No dia 11/03, o governador de São Paulo, João Doria, anunciou que o estado entraria na fase emergencial com medidas mais restritivas em relação à anterior. Na segunda-feira (15), esse novo plano entrou em prática, portanto, as igrejas, escolas estaduais e os campeonatos de futebol tiveram suas atividades interrompidas, sendo essas as principais restrições que irão durar até o dia 30 de março. O intuito da fase emergencial é conter o avanço da pandemia da Covid-19 no estado.

joão doria
João Doria anunciando a implementação da fase roxa. | Foto: UOL.

Nesse período com restrições, busca-se diminuir o máximo possível a taxa de transmissão da Covid-19 e também a taxa de ocupação dos hospitais no estado. É possível dizer que essa fase emergencial será benéfica na contenção do vírus, em decorrência da queda no número de pessoas circulando nas ruas. Todavia, as restrições afetam diretamente no cotidiano da população do estado, já que diversas atividades econômicas e formas de entretenimento serão paralisadas. Por conta disso, as medidas tomadas pelo governador estão envolvidas em polêmicas nos últimos dias.

As influências da fase emergencial para o meio esportivo

Os esportes podem ser considerados uma das principais fontes de entretenimento no Brasil. Com a paralisação de todas as atividades esportivas no estado de São Paulo, inúmeras pessoas serão afetadas diretamente, sejam atletas, diretores/políticos de instituições esportivas ou até mesmo telespectadores desses jogos.

As federações/confederações de esportes no estado foram em grande maioria contra essa paralisação, em virtude dos rombos financeiros que poderão acontecer com a descontinuidade dos jogos. A Federação Paulista de Futebol (FPF), por exemplo, fez uma tentativa de mover as partidas que foram suspensas para outros estados e, sem sucesso, tiveram de aceitar a decisão do governador.

fase emergencial
Logo da FPF. | Foto: Réplica/Wikipedia.

Para os atletas, é possível apontar como ponto positivo dessa paralisação a diminuição dos riscos de contágio do vírus, já que não será mais necessária a locomoção constante no estado. Em contrapartida, para que os jogadores não percam o ritmo de jogo, será necessária uma intensificação nos treinos dos clubes. Além disso, terão de arcar com a possibilidade de atrasos salariais, uma vez que os ganhos das instituições serão reduzidos drasticamente sem as partidas.

Por fim, o consumo de esportes nacionais para os torcedores paulistas será reduzido por conta dessa suspensão. Os campeonatos internacionais (Libertadores, Sulamericana, Champions Américas) e nacionais (Copa do Brasil, NBB, Superliga de Vôlei) ainda estão em andamento, portanto, ainda é possível acompanhar o seu time se ele estiver disputando algum desses torneios. No entanto, a rotina cheia de jogos para assistir terá de ser alterada querendo ou não.

O estado de São Paulo foi um dos primeiros a tomar medidas drásticas para conter o avanço da Covid-19. Tendo em vista que o Brasil se tornou o epicentro mundial da pandemia, outros estados também devem impor restrições para ajudar no combate contra o vírus. Os fanáticos em esportes têm que torcer para a situação melhorar o mais rápido possível, para que a continuação dos campeonatos ocorra sem preocupações.

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Por Luan Ribeiro Foresti – Fala! Cásper  

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