A história do crime cometido por Suzane von Richthofen será contada nas telonas, em 2020, e terá duas perspectivas: “A Menina que Matou os Pais”, e “O Menino que Matou Meus Pais”, que vai mostrar a mesma história, contada sob um ponto de vista diferente: o de Suzane.
“É um caso único no cinema mundial essa produção com olhares diferentes. É uma oportunidade para o público analisar e chegar à sua própria conclusão sobre os fatos”.
afirmou Gabriel Gurman, CEO da Galeria Distribuidora.
A distribuidora ainda destacou que a produção não tem relação com nenhum dos autores do crime e tem como fonte os autos do processo.
“Temos discutido muito internamente o que é verdade. O que ela fala e o que ele fala. É verdade? Se eles estão falando coisas diferentes, qual é a verdade?”.
indagou Gurman.
No elenco, teremos a atriz Carla Diaz interpretando Suzane von Richthofen, e o ator Leonardo Bittencourt no papel de Daniel Cravinhos. Em entrevista ao G1, Carla deu detalhes de sua preparação para o papel.
“Fui educada amando meus pais. Então não entra na minha cabeça uma filha fazer isso com os próprios pais. Olhando para a história por esse ponto de vista, assumir esse papel é um grande desafio pra mim como atriz. É uma história tão trágica e tão chocante para todo mundo. Realmente acredito que histórias assim não podem ser esquecidas”,
afirmou a moça.
Leonardo, por sua vez, relembrou sua reação no momento em que foi escalado:
“A primeira coisa que me veio à cabeça é uma frase que a gente escuta desde a escola: ‘Você aprende História para não cometer os mesmos erros'”, disse. O ator também agradeceu o apoio de amigos e familiares durante o processo: “Eles entenderam a grandiosidade do projeto e ficaram felizes por eu ter esse desafio pela frente”.
O roteiro escrito pela criminóloga Ilana Casoy, que esteve presente durante a simulação do crime e na condenação dos jovens, e pelo autor de livros policiais Raphael Montes, é baseado nos autos do processo que condenou Suzane, Daniel e Cristian Cravinhos a quase 40 anos de prisão.
De acordo com a revista Veja, o orçamento dos filmes ficou em R$8 milhões, valor considerado alto para produções nacionais.
Autorizados a receber cerca de R$ 2 milhões do Fundo Setorial do Audiovisual, os produtores decidiram abrir mão de verba pública e financiaram os longas sobre o caso Richthofen com o próprio dinheiro.