Após ser alvo de pedradas e ter seu caminhão alvejado por tiros, um caminhoneiro passou por cima de um acampamento de manifestantes bolsonaristas em Rondônia, no início da noite da última quarta-feira (30), atropelando uma pessoa.
O atropelamento aconteceu na cidade de Cacoal no km 234. O caminhoneiro tentava passar pela via bloqueada por manifestantes, quando foi impedido.
Em vídeo divulgado nas redes sociais, é possível ouvir o barulho das pedradas. O indivíduo que filma a cena diz que o caminhão está sendo alvejado por tiros. Após isso, é possível ver o caminhão retornando e passando por cima de algumas tendas, gerando uma confusão. Logo aparecem várias pessoas correndo, e em poucos segundos o caminhão passa atropelando um indivíduo. O caminhoneiro conseguiu sair do local, mas foi detido pela Polícia Militar.
Manifestações golpistas perderam força, mas ainda resistem em estados como Rondônia
Segundo o jornal Folha de S. Paulo, o policial rodoviário federal Andrei Milton, da superintendência da PRF de Rondônia, confirmou a autenticidade das imagens e o lugar onde elas foram filmadas. Não houve morte no local, e o homem atropelado foi levado para um hospital da região, mas seu estado de saúde e sua identidade não foram divulgados.
O presidente Jair Bolsonaro (PL) não declarou claramente o apoio aos manifestantes. Desde que saiu derrotado das eleições, ele segue recluso, parou suas lives costumeiras de quinta-feira e mantém o silêncio em compromissos públicos.
As manifestações golpistas ocorrem desde o dia 30 de outubro, após a vitória do candidato e agora futuro presidente, Luís Inácio Lula da Silva (PT). Os manifestantes pedem que o exército aplique um golpe militar e impeça o futuro presidente Lula de retornar ao Palácio do Planalto no dia 1º de janeiro de 2023.
Nos últimos dias, essas manifestações perderam a força em grande parte dos estados, mas ainda concentra um número maior de pessoas em Rondônia, Mato Grosso e Santa Catarina, estados onde o presidente Bolsonaro levou a vitória nas eleições.
____________________________
Por Ana Carolina Porgette – Fala! Universidade de Franca