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‘Brincando com Fogo’: confira a crítica do sucesso da Netflix

Brincando com Fogo é um programa de jogo de namoro britânico que reúne jovens em uma ilha paradisíaca e dá a eles o desafio de desenvolver laços sem contato físico além do amigável. Isso mesmo: não pode beijar, não pode mão boba, não pode nenhum tipo de autossatisfação, não pode sexo. Sabemos que isso não vai dar certo, não é?

A cara que eles fazem quando descobrem as regras é simplesmente hilária, e o cerne do reality vai se desenvolvendo de modo a testar os personagens o tempo todo, se conseguirão cumprir a abstinência sexual ou não. E todas as movimentações dos personagens são monitoradas por Lana, um robô com inteligência artificial que interage com eles, dando-lhes funções, informações e analisando o perfil de cada participante de modo a forçar aqueles que têm mais compatibilidade a se aproximar e interagirem entre si.

Brincando com Fogo
Leia a crítica do reality da gigante do streaming. | Foto: Netflix.

Brincando com Fogo: leia a crítica do reality da Netflix

O reality tem oito episódios e estreou dia 17 de abril deste ano na Netflix, ganhando o público sedento pelo entretenimento mais superficial de produções do gênero, como brigas fúteis e pessoas bonitas sendo excessivamente hormonais em seus possíveis relacionamentos, porém, para a grande surpresa de quem se propõe a assistir à obra, trata-se de muito mais do que isso.

Mesmo que seja um reality, é completamente normal que os expectadores esperem por personagens devido ao histórico de realities com prêmios existentes, mas o diferencial da Netflix é justamente a humanidade que é apresentada ao longo dos episódios, não só dos participantes como também das atividades escolhidas pelos produtores. Brincando com Fogo é sobre autoconhecimento, crescimento pessoal e superação de traumas para que pessoas abertas a aprender consigam estabelecer laços fortes com outras, além de simples encontros casuais/sexuais.

Estrutura do programa

A estrutura do roteiro de Brincando com Fogo é um pouco confusa. Com poucos episódios, a gente nem chega a conhecer profundamente nenhum dos participantes, não temos muita noção da duração do programa e sobre como atividades básicas funcionam ali dentro (como comem? Quem cozinha? Eles têm acesso à internet?).

Os diálogos travados por eles e certas atitudes são tão absurdas que a gente chega a se questionar se tudo aquilo é real ou se é ficção. O ego e a autoconfiança de todos são tão elevados que não nos resta outra reação senão rir toda vez que um deles confessa ser tão absurdamente irresistível, que é impossível ficar um dia sem fazer sexo, ou que nunca teve que correr atrás de ninguém na vida. É quase inimaginável pensar que existem pessoas assim, mas elas são reais e estão aí para vocês seguirem nas redes sociais.

Todavia, não é só de romance e paz que vive o enredo dessa temporada, as quebras de regra são extremamente divertidas, além dos barracos e frases um pouco inesperadas dos competidores. Dá para se divertir e se apaixonar ao mesmo tempo, o equilíbrio perfeito de um relacionamento saudável entre o público e o reality, que faz questão de prender seus expectadores até o último capítulo.

Brincando com Fogo é um reality viciante, hilário e absurdo, e dá para maratonar a temporada toda em uma só tarde, e matar a saudade de se alienar com assuntos banais.

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Por Sabrina Ferreira – Fala! Centro Universitário Brasileiro de Pernambuco – Recife

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