Gloria Jean Watkins, mais conhecida por seu pseudônimo Bell Hooks, morreu na quarta-feira de ontem (15). A escritora norte-americana, que tinha 69 anos, morreu em sua casa, em Barea e, segundo a família, ela já estava doente há um tempo.
A informação veio à tona por meio de um comunicado da família. A sobrinha Ebony Motley falou sobre o ocorrido e homenageou a tia. “A família de Bell Hooks está triste em anunciar a partida de nossa irmã, tia, tia-avó e tia-bisavó. A autora, professora, crítica e feminista fez sua transição cedo, de casa, rodeada de familiares e amigos”.
Bell Hooks: história
O nome de batismo da escritora é Gloria Jean Watkins, que nasceu em 25 de setembro de 1952, no estado de Kentucky, localizado no sul dos Estados Unidos. A autora decidiu publicar os livros com o pseudônimo Bell Hooks em homenagem à sua bisavó, Bell Blair Hooks. No entanto, ela assinava com letra minúsculas, porque não queria que o nome fosse o foco, mas sim seu trabalho.
Bell Hooks se graduou em inglês pela Universidade de Stanford e conquistou um mestrado na Universidade Wisconsin e um doutorado de Literatura na Universidade da Califórnia em Santa Cruz. Além de escritora, foi professora, teórica feminista, artista e ativista antirracista estadunidense.
Livros da autora
Bell Hooks publicou seu primeiro livro, And There We Kept, já com seu pseudônimo, em 1978. Ao todo, a ativista escreveu mais de 40 livros publicados em 15 idiomas diferentes. As obras traziam debates e reflexões sobre temas como racismo, feminismo, questões de gênero, política, amor etc. Alguns títulos foram traduzidos para o português e chegaram ao Brasil. São eles:
- Não serei eu mulher? – As mulheres negras e o feminismo (2018);
- Erguer a voz: pensar como feminista, pensar como negra (2019);
- Olhares negros: raça e representação (2019);
- Anseio: raça, gênero e políticas culturais (2019);
- Ensinando pensamento crítico: sabedoria prática (2020);
- Teoria feminista – Da margem ao centro (2020);
- Tudo sobre o amor (2021).
___________________________________
Por Giovana Rodrigues – Redação Fala!