Está em cartaz nos cinemas o terceiro capítulo da franquia “Animais fantásticos”. Com o subtítulo “Os segredos de Dumbledore”, o longa é o que se chama de prequel – história que conta os eventos anteriores a uma saga original. No caso, a saga original a que “Animais fantásticos” se relaciona é Harry Potter, série de sete livros escritos por J. K. Rowling, todos já adaptados para o cinema com números expressivos nas bilheterias mundiais. Com o recente prequel, não é diferente: fãs de todas as idades, em diversos países, marcam presença nas salas de cinema para prestigiar o lançamento da película. Com isso, surge a reflexão: o que torna a saga do menino bruxo tão marcante para as atuais gerações?
Animais Fantásticos e o sucesso de Harry Potter
Cabe lembrar que o primeiro filme da franquia Harry Potter, “A pedra filosofal”, estreou nos cinemas em 2001. Ao longo dos mais de 20 anos de longas ambientados no universo mágico criado por Rowling, novas gerações de fãs surgiram. Além disso, nota-se a fidelidade dos admiradores da saga original: não raro, os pais que acompanharam o crescimento daqueles personagens nas telonas, hoje, levam seus próprios filhos aos cinemas para conferirem os spin-offs.
Pode-se, também, associar esse entusiasmo dos fãs à nostalgia despertada por elementos da obra original. As reações nas salas de cinema e os comentários em redes sociais evidenciam que o público vibra ao reconhecer determinados acordes da música-tema dos filmes da saga, por exemplo – ou ao vislumbrar o castelo de Hogwarts, escola de magia que é ambientação da maior parte dos eventos do mundo bruxo. A memória afetiva tem papel inegável no sucesso da recente franquia.
Porém, o apego nostálgico, por si só, não sustentaria o sucesso comercial de “Animais fantásticos”: deve-se reconhecer o carisma dos novos personagens apresentados, como o protagonista Newt Scamander (vivido pelo oscarizado ator Eddie Redmayne), Jacob Kowalski (Dan Fogler) e Tina Goldstein (Katherine Waterston). Além disso, para os entusiastas da saga original, personagens já conhecidos – como Alvo Dumbledore, vivido aqui por Jude Law – ganham novas camadas e motivações, despertando o interesse do público.
Além disso, os aspectos técnicos dos filmes da saga também rendem críticas positivas: o primor técnico das películas da Warner se mantém em “Os segredos de Dumbledore”. Trilha sonora, figurino e fotografia contribuem para emocionar os fãs antigos e conquistar novos admiradores para o universo mágico do “menino que sobreviveu”.
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Por Gabriela Brahim Correa – Fala! Universidade Cruzeiro do Sul