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A Mitologia Greco-Romana: Saiba as diferenças e semelhanças

Mito é uma narrativa de teor simbólico e fantástico não estático que surge em paralelo com a realidade, embora se utilize dela e dos fatos históricos e/ou cotidianos, para ilustrar, dar sentido ou explicações acerca de fatos ou fenômenos não compreendidos pela humanidade. Antigamente, antes do advento e da aceitação da ciência enquanto método investigativo e comprobatório, os mitos e mitologias (conjunto de mitos de uma determinada cultura) eram bastante comuns entre os povos nos mais diversos pontos do planeta.

Uma das mais populares entre elas é a mitologia grega, surgida ainda na antiguidade, responsável pelas relações entre os povos e o divino, as coisas e os acontecimentos cotidianos. As artes, especialmente aquelas tidas como superiores – ou seja, que não eram exercidas por escravos nem eram de prática manual: música e a literatura, eram grandes divulgadoras da importância da cultura politeísta, que atribuía a cada fenômeno, atividade ou característica um deus correspondente.

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A Mitologia Greco-Romana. | Foto: Reprodução.

Mitologia Greco-Romana

Dessa forma, tudo começou com o Caos, que deu origem a Urano, Gaia e Tártaro, pais dos doze Titãs. Zeus, filho sobrevivente de Chronos e Réia (titãs), era o Deus dos deuses e controlador das forças da natureza (os raios); Juno, também filha dos mesmos titãs e esposa de Zeus, era a deusa das bodas, da maternidade, da fidelidade conjugal. Juntos, deram origem a Ares, deus da guerra; Hefesto, deus da tecnologia, artesanato e metalurgia; Hebe, deusa da Juventude; Éris, deusa da Discórdia e Ilícia, deusa do parto. Já Athena, Dionísio, Hércules, Ártemis e Apolo eram filhos das relações extraconjugais de Zeus.

Para os gregos, os deuses tinham a forma humana, porém com poderes e habilidades sobrecomuns, habitavam o Olimpo e se alimentavam de ambrosia, o manjar dos deuses. Contudo, estavam expostos às mesmas paixões mundanas e, em termos de caráter, nada se diferenciavam das pessoas comuns. Acometidos por ciúmes, traições, invejas e iras de toda sorte, eram constantemente invocados por seus devotos diante de situações adversas e festejados sempre que possível ou necessário.

A civilização, o folclore e a mitologia gregos, pelo menos um milênio anterior à Romana, eram fortemente cultuados pelo próprio povo e pelos povos adjacentes. A Itália foi extensão dessa cultura devido à forte influência sofrida pelo modelo de sociedade e política construídas pela Grécia Antiga em seu apogeu. Roma, então, se constituiu, ergueu e expandiu influenciada pelos egípcios, na arquitetura e agricultura, e pelos gregos, na cultura, a política, nas artes, esportes e religião.

No que se refere à mitologia, o modelo de religião politeísta foi implantado em Roma nos mesmos moldes da Grécia, com alterações e adaptações referentes ao contexto e à língua latina. Deste modo, Urano é o Céu, Gaia é a Terra e Tártaro é o Mundo Inferior, o Abismo; Zeus passou a se chamar Júpiter; Juno, Hera; Ares, Marte; Hefesto, Vulcano; Athena, Minerva; Dionísio, Baco; Ártemis, Diana; Apolo, Febo; Hércules, Herácles e outros.       

As personalidades dos deuses, seus feitos e conquistas, seus caráteres, humores e sentimentos permaneceram os mesmos e a expansão do Império Romano, assim como difundiu a língua, os costumes e a cultura, também o fez com o politeísmo. Tudo isso durou até o surgimento de Jesus e a fundação do Cristianismo após a sua partida, pelo catolicismo, o que deu início ao desaparecimento gradual da mitologia greco-romana no tempo e com o decesso do maior e mais próspero império que já se viu. 

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Por Tassia Malena Leal Costa – Fala! Universidade Federal do Amapá

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