No dia 20 de julho de 1873 nascia Alberto Santos Dumont, em Palmira, uma cidade no estado de Minas Gerais, Brasil. Conhecido como ‘pai da aviação’, Santos Dumont trilhou um caminho repleto de coragem e engenhosidade. 150 anos depois de seu nascimento, é impossível não relembrar seu talento.
A seguir, conheça a história do aeronauta brasileiro!
História de Santos Dumont
O mineiro foi o sexto de oito filhos de Henrique Dumont e Francisca de Paula Santos Dumont. Desde cedo, Santos Dumont mostrou um interesse excepcional por máquinas e mecânica, características que moldariam seu destino como pioneiro da aviação.
Aos 18 anos, ele mudou-se para Paris, na França, em busca de uma educação formal na área da engenharia. Lá, ele estudou em instituições conceituadas e aprofundou seus conhecimentos em matemática e ciências, adquirindo uma base sólida para suas futuras conquistas.
O primeiro grande sucesso de Santos Dumont foi em 1898, quando ele construiu e voou o “Balão Brasil”. Esse feito o tornou o primeiro homem a realizar um voo livre e controlado com um balão. Essa conquista não apenas lhe conferiu reconhecimento internacional, mas também impulsionou sua determinação em prosseguir com a exploração do voo.
O próximo marco na carreira de Dumont aconteceu em 1901, quando ele construiu o “Balão Número 6”. Neste voo, ele alcançou uma altitude recorde de mais de 2.000 metros, estabelecendo um novo patamar para a aviação. Sua inovação e habilidade técnica impressionaram a comunidade científica da época, tornando-o uma celebridade e pioneiro no campo da aviação.
No entanto, o verdadeiro triunfo de Santos Dumont veio com o desenvolvimento de aeronaves mais pesadas que o ar, o que o levou a se tornar um dos precursores dos aviões modernos. Em 1906, ele projetou e construiu o famoso “14 Bis”, uma máquina voadora impulsionada por um motor a gasolina e equipada com hélices. Esse avião foi um marco histórico, pois em 23 de outubro de 1906, em Paris, Santos Dumont voou a uma distância de 60 metros, a uma altura de aproximadamente 6 metros, por 21,5 segundos, marcando o primeiro voo documentado de um avião a motor no mundo.
Em 1907, Dumont superou seu próprio recorde ao voar cerca de 220 metros em 21,5 segundos com seu “Oiseau de Proie”, também conhecido como “Demoiselle” – uma aeronave mais leve e mais manobrável. Esse design inovador influenciou futuros projetos de aviões ao redor do mundo e é considerado uma das primeiras aeronaves de sucesso.
A dedicação de Santos Dumont ao desenvolvimento da aviação foi impulsionada não apenas pela busca do pioneirismo, mas também pela busca de aplicações práticas dessa tecnologia para melhorar a vida das pessoas. Ele acreditava que o avião poderia se tornar um meio de transporte acessível e eficiente para todos.
Além de suas inovações aeronáuticas, Santos Dumont também foi um defensor dos direitos humanos e da paz. Ele estava preocupado com o uso militar do avião e se recusou a participar de projetos bélicos. Em vez disso, ele queria que o avião fosse usado para promover a amizade e a cooperação entre as nações.
Morte do Pai da Aviação
Apesar de suas realizações notáveis e seu status de herói nacional no Brasil, Santos Dumont enfrentou desafios pessoais e problemas de saúde mental em seus últimos anos. Ele sofreu com depressão e chegou a questionar a utilização de suas invenções para fins militares e destrutivos.
Santos Dumont faleceu em 23 de julho de 1932, no Guarujá, São Paulo. Sua contribuição para a história da aviação foi imensa, e seu legado continua vivo até os dias de hoje. Em reconhecimento à importância de suas realizações, o dia 23 de outubro foi estabelecido como o Dia do Aviador no Brasil, em homenagem ao primeiro voo do 14 Bis.
Santos Dumont é lembrado como o pai da aviação brasileira e uma figura icônica no desenvolvimento da aviação em nível mundial. Seu espírito pioneiro e suas invenções revolucionárias continuam a inspirar gerações futuras de aviadores e cientistas, provando que com paixão, determinação e visão é possível alcançar os céus, voando rumo ao desconhecido.
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Por Giovana Rodrigues – Redação Fala!