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“A Última Carta de Amor”: Leia a crítica sobre o novo romance da Netflix

O longa A Última Carta de Amor, da Netflix, baseado na obra homônima de Jojo Moyer, intercala um romance proibido dos anos 60 ao cotidiano da jornalista Ellie Haworth (Felicity Jones).

Confira a crítica de A Última Carta de Amor.
Confira a crítica de A Última Carta de Amor. | Foto: Reprodução.

No ano de 1965, em Londres, Jennifer Stirling (Shailene Woodley) sofre um acidente de carro e acorda sem memória. Após esse acontecimento, ela descobre que escreveu diversas cartas de amor para Anthony O’Hare (Callum Turner), seu amante, pelo qual ela decidiu arriscar o seu casamento, que, visivelmente, era infeliz. 

Quarenta anos depois, em Nova Iorque, Ellie encontra essas mesmas correspondências no armazém da empresa em que trabalha. Devido a isso, ela decide investigar o que aconteceu no passado mas, ao mesmo tempo, ela também tem que lidar com problemas em sua vida amorosa.

Confira a crítica de A Última Carta de Amor, da Netflix

Os dois casais

A Última Carta de Amor une a história de dois casais em épocas diferentes.
A Última Carta de Amor une a história de dois casais em épocas diferentes. | Foto: Reprodução.

Ellie conhece o arquivista Nabhaan Rizwan (Rory McCallan), com quem acaba se relacionando com o passar do tempo. Por outro lado, a interação entre eles demonstra ser maçante e vaga em quase todo o enredo. Além do mais, a jornalista teve experiências desagradáveis em seu antigo namoro e, por isso, desenvolveu grande insegurança para entrar em relacionamentos. Desse modo, essa parte dramática ocupa o espaço que poderia ter deixado o romance entre os dois mais interessante.

Assim, a atenção dos espectadores, consequentemente, se volta para os amantes, isso porque Jennifer e Anthony possuem um desenvolvimento mais afetuoso e natural. Para acrescentar, também se trata de um romance de época, o que é pouco comum nas obras cinematográficas atuais e, portanto, dá mais exclusividade ao casal.

A diferença dos ambientes

Shailene Woodley interpreta Jennifer, em novo filme da Netflix.
Shailene Woodley interpreta Jennifer, uma das protagonistas de A Última Carta de Amor. | Foto: Reprodução.

As cores, a fotografia e os cenários tiveram uma produção bem pensada para diferenciar as épocas vividas pelos personagens.

Para os anos 60, o tom é mais exagerado e claro, o que seria desagradável em outro contexto, mas que nesse caso atinge um bom resultado, já que a produção quer trazer uma sensação menos moderna. No caso do ambiente contemporâneo, as cores são mais neutras, para que a urbanização da cidade seja vista com evidência e para destacar as novas tecnologias. 

Isso, sem dúvidas, é um ponto positivo para a produção do filme, considerando que a distinção entre as épocas e a valorização dos ambientes possuem uma boa execução.

A trilha sonora nada marcante

A Última Carta de Amor
Felicity Jones e Rory McCallan em A Última Carta de Amor. | Foto: Reprodução.

Para despertar emoção ao longo de uma trama, a música é um dos elementos essenciais, visto que ela serve para destacar os diálogos e as expressões dos personagens. No entanto, a trilha sonora escolhida para preencher a obra não traz nada de diferente para as cenas, o que, com certeza, afeta na construção do drama no longa.

Se as músicas tivessem sido mais variadas para combinar com o enredo, como, por exemplo, músicas famosas dos anos 60 ou até mesmo o gênero indie (conhecido por possuir músicas com melodias melancólicas), possivelmente houvesse mais comoção e impacto por parte do público. 

Vale a pena assistir à A Última Carta de Amor?

A Última Carta de Amor, da Netflix, possui falhas como muitos outros filmes de romance, considerando que o roteiro é repleto de frases clichês e a produção não é perfeita. Para completar, há o desequilíbrio entre os dois casais, visto que Ellie e Nabhaan não possuem muitos elementos que os dê relevância, enquanto Jennifer e Anthony possuem inúmeros. Contudo, o filme não decepciona no desenvolvimento da história e na atuação dos atores. Por isso, para amantes de romance, a obra pode ser agradável para passar o tempo e, também, para gerar entretenimento e nostalgia.

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Por Giovanna Pavan – Fala! Anhembi

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