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O reino perdido de Atlântida: veja o que se sabe sobre a cidade

Atlântida ainda sobrevive submersa no inconsciente da humanidade, mesmo depois de tanto tempo da sua apresentação formal para o mundo através de Timeu-Critias, de Platão.

Nesse diálogo, o filósofo grego narra o surgimento, a existência e o desaparecimento de uma civilização inteira em meio às águas, em algum ponto entre o mediterrâneo e o Atlântico, com possíveis paragens na costa do continente africano, nas cordilheiras do continente sul-americano ou mesmo na própria Europa.

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Veja o que se sabe sobre o reino perdido. | Foto: Reprodução.

O reino perdido de Atlântida

Sabe-se que Poseidon, um dos Titãs na Mitologia Grega, deu uma extensa porção de terra a Cleitó, mulher por quem se apaixonou e com ela gerou cinco pares de filhos homens. Esta mesma terra de proporções colossais – segundo estudiosos do assunto, maior que o continente asiático, se levarmos em consideração a ideia de dimensão e distância que se tinha naquela época – foi repartida entre os dez filhos, que se tornaram senhores e reis de cada uma delas.

Estas terras, durante muitos séculos, permaneceram sobre a tutela dos descendentes de Poseidon, passando de geração em geração. Durante este período, Poseidon detinha o comando sobre a ação e decisão dos filhos, netos, bisnetos como forma de manter a proteção sobre a área dominada e a retidão de caráter e conduta de seu povo. O vínculo e o respeito ao deus eram mantidos e renovados por meio de rituais táureos em um período entre cinco e seis anos, no qual o pai e seus descendentes reafirmavam o vínculo e o respeito entre si.

Contudo, essas tradições foram se perdendo no decorrer do tempo e Atlântida terminou por se desvencilhar de seu propósito original. As vicissitudes, o desrespeito às tradições, o distanciamento do divino, a sede pelo poder e a ambição dominaram o povo atlantis, rebaixando-o a simples condição humana.

O descontentamento de Poseidon resultou em um furioso maremoto que varreu a ilha e exterminou a civilização em um dia e uma noite, submergindo para sempre a cidade e sua história. Platão ainda menciona resquícios dessa cultura na dificuldade de se navegar em pontos incertos dos mares em razão dos vestígios da cidade-modelo que ainda existiam e da quantidade de limo que se formou sobre as ruínas. 

Ainda hoje, mesmo depois de tanto tempo – já que na época dos diálogos de Platão essa história já era contada há pelo menos um milênio! – Atlântida ainda figura o imaginário humano. Há quem diga que a civilização realmente existiu e que era bastante evoluída socialmente para o momento; uns especulam a possibilidade de os habitantes da extinta ilha possuírem estatura física mais alongada e incomum para o período; outros defendem que a civilização ameríndia é fruto de sobreviventes da grande catástrofe que eliminou Atlântida do mapa; outros tomam como base narrativas contidas na bíblia como alusão à civilização.

Longe de ser completamente desvendado, Atlântida ainda permanece viva e escondida como um tesouro no fundo dos mares.   

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Por Tassia Malena Leal Costa – Fala! Universidade Federal do Amapá

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