As animações consistem em imagens repetidas, sequenciais, com apenas pequenas modificações entre elas, e aceleradas, o que produz a ilusão de movimento. Atualmente, graças à computação gráfica, esse processo se tornou muito menos trabalhoso e aumentou, consequentemente, a quantidade de obras do gênero.
Filmes animados estão longe de serem recentes, eles vêm desde o século XIX, durante a era do cinema mudo, e perduram, mais intensamente do que nunca, até os dias atuais. Confira cinco produções que mudaram o curso dessa forma de arte:
Filmes que revolucionaram a história das animações
Pauvre Pierrot (1892)
De autoria de Charles-Émile Reynaud, esse curta francês é considerado como uma das primeiras animações. A versão original, perdida, pois Reynaud se desfez das 500 imagens pintadas à mão atirando-as no Rio Sena, durava 15 minutos. Contudo, em 1996, houve uma reconstrução de quatro minutos da obra, que pode ser assistida por meio do YouTube.
O dia internacional da animação, 28 de outubro, é em homenagem à exibição dessa animação pioneira.
O Vapor Willie (1928)
Dirigido por Ub Iwekers, quem desenhou o personagem símbolo da Disney, Mickey, e por Walt Disney, o fundador da multinacional, esse curta-metragem se caracteriza como bastante revolucionário. Nele, o espectador é apresentado às figuras que se tornariam reconhecidas por todo globo: Mickey, Minnie e o vilão João Bafo de Onça.
A Branca de Neve e os Sete Anões (1937)
A história dessa princesa, adaptada do conto dos irmãos alemães Grimm, é o primeiro longa-metragem animado da Disney, bem como o primeiro totalmente em cores.
O filme fez um sucesso estrondoso, ao passo que inaugurou os clássicos da Disney, foi lançado nos cinemas por diversas vezes e, até 83 anos depois, é muito querido pelas crianças.
A Viagem de Chihiro (2001)
De direção de Hayao Miyazaki, essa produção japonesa é considerada uma das melhores animações de todos os tempos e um dos melhores longas da década de 2000. Esse filme, o mais conhecido do estúdio Ghibli, é ganhador de um Oscar e diversos outros prêmios, como o Urso de Ouro, no festival de Berlim.
Kiriku e a Feiticeira (1998)
O filme de animação francês foi inspirado na lenda de Kiriku, aprendida na Guiné pelo diretor Michel Ocelot, que viveu a infância no país. Esse longa-metragem mudou o curso do cinema por diversificar as temáticas desse gênero, tão centrado no universo europeu e norte-americano, e por ampliar os horizontes das crianças, infelizmente não acostumadas a narrativas que não remetem ao ocidente.
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Por Maria Fernanda Maciel – Fala! Cásper