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Negra, escritora e mãe solteira: A relevância de Carolina Maria de Jesus

Sucesso nos anos 60 que caiu no esquecimento devido às circunstâncias do país, hoje é relembrada como símbolo de resistência

Sua obra mais conhecida é Quarto de despejo: diário de uma favelada, publicado pela primeira vez em 1960. A história mais conhecida de Carolina Maria de Jesus é a de que foi descoberta pelo jornalista Audálio Dantas enquanto este andava pela antiga favela do Canindé, quando observou uma mulher brigando com outros moradores por estarem danificando equipamentos que serviam para a diversão das crianças, ameaçando denunciá-los em seu diário.

Mas sua trajetória é muito mais complexa que isso. Ela já havia aparecido na mídia algumas vezes divulgando seu trabalho, mas nunca havia atingido a visibilidade que seus diários lhe deram.

Carolina Maria de Jesus e Audálio Dantas
Carolina Maria de Jesus e Audálio Dantas. | Foto: Reprodução.

Nasceu, cresceu e lutou

Nascida em Sacramento, em Minas Gerais, no dia 14 de março de 1914, filha de negros analfabetos, ilegítima de um homem casado, maltratada ao longo de sua infância inteira, Carolina Maria de Jesus foi uma das primeiras escritoras negras — e uma das mais importantes — do Brasil.

Frequentou o colégio Allan Kardec por apenas dois anos, entre 1923 e 1925, sustentada por Maria Leite Monteiro de Barros, patroa da mãe de Carolina. Sua baixa escolaridade, contudo, não a impediu de possuir forte senso crítico e de estudar posteriormente, sozinha. Tinha como inspiração seu próprio avô, o qual chamava de Sócrates Africano devido à influência de sabedoria que exalava, que a perseguiu por toda a vida.

O primeiro romance que a escritora leu foi A Escrava Isaura, de Bernardo Guimarães. Simbologia interessante, a qual contrasta bastante com a imagem de Carolina. O livro, escrito em plena campanha abolicionista, conta a história de uma escrava branca cuja beleza é exaustivamente ressaltada por sua pureza, que não denunciava sua condição de escrava simplesmente por não possuir nenhum traço africano. Enquanto isso, Carolina era negra e, em sua infância, era apelidada de Bitita, chamada de estranha pelos outros.

Ao longo da vida, Carolina viveu uma espécie de nomadismo, migrando de cidade em cidade — Sacramento/MG; Lajeado/MG; Franca/SP; Uberaba/MG; Ribeirão Preto/SP; Orlandia/SP — até, finalmente, fixar-se na capital paulista após a morte de sua mãe, em 1937. Lá, chegou a trabalhar como empregada doméstica, mas acabou se firmando como catadora de papel. Lia assiduamente qualquer livro que lhe caísse nas mãos e guardava revistas e cadernos para que pudesse escrever em suas folhas.

Ao final da década de 30, já escrevia poesias e era conhecida no meio jornalístico por percorrer as redações de jornais da cidade de São Paulo apresentando-se como poetisa e ofrecendo-se para ser entrevistada. Entretanto, sendo negra, não possuindo recomendações, não tendo nenhum livro publicado e tendo suas poesias simples demais, tornou-se motivo de zombaria nesses ambientes até que, um dia, um jornalista a acolheu e produziu a matéria Carolina Maria, poetiza preta, que saiu em 25 de fevereiro de 1940, na página III do suplemento do jornal Folha da Manhã, de São Paulo.

Jornal Folha da Manhã
Jornal Folha da Manhã, de São Paulo. | Foto: Reprodução.

Essa matéria é considerada valiosa e história por conter o primeiro registro de um poema de Carolina Maria de Jesus; apresentar a primeira foto da autora e abrigar a frase profética de Willy Aureli que encerra a entrevista: “É possível que ainda se torne célebre…”.

Em uma de suas biografias mais recentes, escrita por Tom Farias e publicada em 2018 pela editora Malê, conta-se que Carolina não nasceu intelectualmente com a publicação de Quarto de despejo: diário de uma favelada e que não foi o acaso que a colocou em evidência no Brasil e no mundo, mas algo que ela perseguiu durante 20 anos. “Ela fazia uma ronda por redações e rádios (…) e, quando não teve sua produção publicada, acabou virando pautas dos jornalistas”, conta Farias.

Lá na favela do Canindé

Em 1948, 1950 e 1953, nascem, respectivamente, seus filhos João José de Jesus, José Carlos de Jesus e Vera Eunice de Jesus, todos de pais diferentes — e ausentes. Já na favela do Canindé, Carolina construiu a própria casa com tudo o que encontrava e servia para dar sustentação à estrutura onde vivia com seus filhos e os sustentou como catadora de papel por mais de uma década.

Em 1955, ela dá início ao seu diário que, cinco anos depois, se tornaria o Quarto de despejo.

Livro Quarto de despejo
Livro Quarto de despejo. | Foto: Reprodução.

Embora ela mesma não tenha estudado por muito tempo, como foi dito, Carolina muito se preocupou em formar seu caráter e ser uma “pessoa de bem”. Em suas obras, vê-se que era muito preocupada com o próximo e com o Brasil. Dedicou-se para que seus filhos estudassem e tivessem um futuro melhor que o dela.

Sua preocupação é sempre evidenciada em seu diário. Muitas vezes, mesmo que tivesse feito muito esforço trabalhando catando papéis pelas ruas de São Paulo, o dinheiro não era suficiente e ela e os filhos iam dormir com fome. Todo o dinheiro que conseguia, afinal, ia para a alimentação — ou para sapatos para os filhos, pois ela sentia dó ao vê-los descalços.

Constantemente nos é mostrado a escritora contando dinheiro e, quando conseguia comprar arroz, feijão e carne, era um dia de festa, como ela conta.

A vida no Canindé narrada por Carolina é suja, violenta, repleta de doenças, alcoolismo e fome.

E a fome é um elemento muito importante na obra de Carolina. Ela permeia o diário com frequência e possui um destaque dolorido e de cor amarela. É definida logo de início como a escravidão dos tempos modernos. A autora pegava verduras e legumes descartados em feiras, fábricas e mercados e, quando não tinham nada para comer, pegava ossos nos frigoríficos e, com eles, fazia sopa para as crianças.

Eu que antes via o céu, as árvores, as aves, tudo amarelo, depois que comi, tudo normalizou-se aos meus olhos.

Carolina em seu diário

O quarto de despejo

Um dos aspectos mais importantes do livro de Carolina é o poder da denúncia. Ela escancara a porta do quarto de despejo do Brasil: a favela.

Na época em que seu diário foi escrito, o Brasil vivia a Era JK e a bossa nova, ou seja, havia pouca visibilidade das comunidades pobres no país e, quando havia, era romântica e idealizada. Carolina teve o poder de desconstruir essa visão de artistas e intelectuais sobre esses espaços e de denunciar o descaso do poder público para com os pobres. Sua escrita incomodava e, por isso, recebeu o apelido de “língua de fogo”.

Suas narrativas de denúncia contra as desigualdades raciais, sociais e de gênero são importantes focos de discussão na academia atual, mas, por muito tempo, foi invisibilizada pela elite branca.

Apesar do sucesso de seu primeiro livro, Carolina passaria muitos anos sem sua relevância legítima no meio universitário e pouco ou nada conhecida como referência na literatura brasileira, e há duas motivações importantes para entender esse silenciamento: a ditadura e a branquitude dos ambientes acadêmicos de maneira geral.

Carolina Maria de Jesus
Carolina Maria de Jesus. | Foto: Reprodução.

Silenciamento da favela

Em 1960, quando foi lançado Quarto de despejo: diário de uma favelada, o contexto sociopolítico brasileiro era de ebulição cultural e política adicionada de uma curiosidade, muitas vezes mórbida, em conhecer detalhes da vida de uma favelada. Mas suas obras seguintes não tiveram a mesma repercussão.

Esse seu relativo esquecimento se deve ao desinteresse das editoras por suas obras devido ao seu suposto comportamento inadequado, mas é emblemático que sua última publicação tenha sido feita em 1963, um ano antes do golpe civil-militar de 64 no Brasil. Já não havia mais espaço para manifestações que expusessem o enorme distanciamento entre os pobres e os ricos.

“Naquele contexto, depois do golpe de 64, uma escritora negra, favelada, que denunciava todas as mazelas da sociedade dentro de um governo militar não pegava bem. Eles não iam querer mostrar uma realidade não condizente com o que eles pregavam: de que o país tinha igualdade racial; de que era um país que estava melhorando economicamente. Então ela era um incômodo”, explica João Pinheiro, co-autor da HQ Carolina. “E a academia que é branca e não considera a importância de Carolina”, afirma.

Carolina ainda se encontra amordaçada pela ameaça surgida em 1964. Sua voz se calou nos calabouços da consciência nacional. Falar, ler Carolina se tornou algo perigoso, arriscado, ameaçador.

Tom Farias

Seria coincidência, também, que o documentário alemão Favela: a vida na pobreza, dirigido por Christa Gottman-Elter não pudesse ser exibido no Brasil no ano em que foi lançado, em 1971?

Não houve censura oficial ao filme, que trazia como atriz principal a própria Carolina interpretando a si mesma, mas há suspeitas de que o governo brasileiro tenha mobilizado seus recursos diplomáticos para que isso não acontecesse, uma vez que não seria conveniente que se reavivasse a figura pública da escritora favelada no auge do “Milagre Econômico”. Àquela altura, ela já estava isolada num sítio em Palheiras, pobre e praticamente esquecida pela imprensa e pelos leitores brasileiros.

Após 1964, Carolina não publicou mais. Não tinha parado de escrever, mas não tinha espaço e nem dinheiro suficiente para realizar a publicação de suas novas produções literárias no Brasil. Foi só no início dos anos 70 que ela conseguiu entregar para duas jornalistas francesas os manuscritos de Um Brasil para brasileiros. O livro foi traduzido para o francês e publicado somente em 1982, com o título de Journal de Bitita (Diário de Bitita, em português), mas Carolina nunca chegou a ver a edição, que foi póstuma.

Em uma análise feita por Janaina Rodrigues Pitas, do Centro de Formação e Atualização dos Profissionais da Educação Básica de Mato Grosso, promover o diálogo de obras que tratem de uma realidade tão precária como a de Carolina na favela do Canindé na educação básica incide na desconstrução do currículo eurocêntrico, na representatividade da cultura afro-brasileira e enuncia e o protagonismo negro.

Sirlene Barbosa, co-autora da biografia de Carolina em HQ, complementa: “O [Miguel] Arroyo fala que currículo é espaço de luta. E, nesse sentido, também devemos compreender que foi a escola que inseriu a ideia de eugenia e de embranquecer a raça brasileira. Quem é que seleciona o que será lido na Fuvest ano que vem? Quem define o que será ensinado e lido? Ainda é a elite. Elite branca e escravocrata. A gente também precisa descolonizar os currículos”.

A mulher negra do quarto de despejo

No dia 13 de fevereiro de 1977, Carolina Maria de Jesus faleceu. Pouco antes disso, ocupou alguns espaços na Folha de S. Paulo em manchetes que diziam que ela estaria feliz — ou louca — longe do sucesso: “Carolina de Jesus quer viver com os indígenas” (FSP, 5 fev. 1970) e “Após a glória, solidão e felicidade” (FSP, 29 jun. 1975) e “Carolina: vítima ou louca?” (FSP, 1 dez 1976).

Caída em esquecimento ainda nos anos 60, suas obras foram impulsionadas nos últimos anos devido ao seu centenário, em 2014. Ainda mais recentemente, Quarto de despejo: diário de uma favelada ainda foi adicionada à lista de leituras obrigatórias de dois grandes vestibulares: o da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e o da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Devido à pandemia do novo coronavírus, a obra foi retirada do vestibular da Unicamp de 2020 e mantiveram-se apenas as obras de domínio público.

Durante o I Colóquio de Escritoras Negras, realizado pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), a escritora Conceição Evaristo, autora de obras como Olhos D’água, Becos de memória e Poemas da recordação e outros movimentos, que Carolina foi inspiração para sua mãe, Joana Josefino Evaristo, para que escrevesse um diário e afirmou que tem como provar, em uma pesquisa futura, que a escritora do Canindé criou uma tradição literária.

A discussão sobre a estrutura textual de Carolina possui cargas além da escolaridade. Ela foi uma mulher periférica, negra, mãe solteira, catadora de papel. Sua linguagem é simples — e rebuscada ao mesmo tempo: em alguns momentos, ela se aproxima da linguagem oral (“iducada”) e, em outros, utiliza palavras altamente cultas (“funestas”) —, mas ela utiliza sua escrita como forma de resistência e construção do seu existir, buscando sempre sair de um domínio maior que ela. 

Por esse motivo, muitas vezes sua obra é invalidada ou resumida apenas à fome e às condições de miséria daquele ambiente em específico, o quarto de despejo. Segundo Conceição Evaristo, isso nada mais é que o racismo velado e estrutural, que tira a condição de humanidade do sujeito negro, como se não pudesse ter questionamentos e dramas existenciais.

Quando sua segunda obra é lançada, Quarto de Alvenaria não é bem recebido pela elite literária, pois, nela, Carolina faz críticas ao sucesso passageiro e a outras temáticas que cercam esse grupo. Não era esperado que ela fosse falar desses assuntos, tendo em vista que muitos leem Carolina enxergando apenas a fome, passando superficialmente pela sua história e não enxergando os outros diversos significados em suas palavras.

É como se sofrêssemos apenas pela água que falta na bica, só pelo arroz que falta na panela. As mulheres pobres têm todas essas carências materiais, e temos nossas outras carências.

Conceição Evaristo

A existência de Carolina Maria de Jesus já é luta. Ergueu-se sobre os escombros de um país que tentava ocultar as mazelas da desigualdade e da miséria. Construiu uma forma estética de escrita única, cercada de preconceitos, que só seria aceita posteriormente. Abre portas para vozes historicamente silenciadas e contribui para diversos estudos posteriores sobre raça, gênero e classes que surgiriam no final do século XX. Foi mulher negra e favelada num Brasil às vésperas da ditadura.

Em uma análise das obras de Carolina, Lorena Barbosa, estudante do curso de Letras da UFMG, diz que, na escrita da autora, ela traz o inusitado, colando em seus textos as narrativas da pobreza, da maternidade, da raça e de discursos alheios. Ao falar sobre a realidade cultural e a desigualdade socioeconômica a que estamos submetidos — até hoje — a escritora transforma a linguagem em arma crítica e expõe circunstâncias fundamentais para que entendamos a história de uma cultura brasileira sob a perspectiva dos excluídos.

Segundo Sirlene Barbosa, Carolina é um ícone importante para a luta das mulheres — as negras, principalmente —; para o movimento negro e para lembrar que todos têm o direito à literatura e que olhar sua trajetória nos faz pensar no quão falho é a ideologia da meritocracia — afinal, sua grande obra só teve espaço por ter sido impulsionada por um homem branco, o jornalista Audálio Dantas.

Carolina ainda sofreu postumamente com diversas estereotipagens e preconceitos envolvendo suas origens e seus métodos de escrita. Em uma biografia recente de Clarice Lispector, o autor Benjamin Moser inseriu uma das fotografias brasileiras mais icônicas daquele momento, em que Clarice e Carolina aparecem juntas durante o lançamento de um livro. O trecho que acompanhava a imagem é o seguinte:

Numa foto, ela aparece em pé, ao lado de Carolina Maria de Jesus, negra que escreveu um angustiante livro de memórias da pobreza brasileira, Quarto de despejo, uma das revelações literárias de 1960. Ao lado da proverbialmente linda Clarice, com a roupa sob medida e os grandes óculos escuros que a faziam parecer uma estrela de cinema, Carolina parece tensa e fora do lugar, como se alguém tivesse arrastado a empregada doméstica de Clarice para dentro do quadro.

Carolina Maria de Jesus e Clarice Lispector
Clarice Lispector e Carolina Maria de Jesus. | Foto: Reprodução.

Muito criticado pelo público, o trecho foi retirado das edições seguintes.

Homenagens

Apesar do sucesso de Quarto de despejo: diário de uma favelada, que foi traduzido para mais de 13 línguas e que vendeu 10 mil exemplares em sua primeira semana, Carolina caiu no esquecimento, voltando à tona aos poucos, sendo o auge em 2014, quando foi comemorado seu centenário, caso estivesse viva.

Nesse ano, foi exibido pela primeira vez no Brasil o documentário Favela: a vida na pobreza por iniciativa do Instituto Moreira Salles (IMS), que localizou a obra em uma cinemateca no interior da Alemanha e providenciou sua restauração e tradução.

Ainda em 2014, dois curtas foram exibidos na comemoração ao Dia Internacional da Mulher Negra, Latino-americana e Caribenha: Vidas de Carolina, documentário de Jéssica Queiroz e Carolina, do cineasta Jeferson De (Brother), no qual Carolina é interpretada por Zezé Motta.

Já foi representada no teatro por Andréia Ribeiro — o que gerou muitas polêmicas na época, porque a atriz e diretora da peça possui uma pele muito mais clara que a de Carolina. Muitos afirmaram que quando um ator branco interpreta um personagem negro, está impedindo que o povo negro conte sua própria história e se está dizendo aos brancos que todas as histórias são deles. Essas discussões se acalmaram após a declaração de Vera Eunice de Jesus, filha de Carolina, que dizia que não via problema na mestiça interpretando sua mãe, uma vez que viu todo o esforço que teve para que a peça pudesse ser realizada.

Seu próprio diário é um recorte de sua biografia, mas muitos escritores já trataram de fazer outras, contando toda a sua trajetória. Dentre elas, duas estão em mais evidência: Carolina: uma biografia, escrita por Tom Farias e publicada em 2018, e Carolina, HQ produzida por Sirlene Barbosa e João Pinheiro. Em ambas as produções, os autores buscam uma maior aproximação do público: Farias tenta desmistificar a figura de Carolina e Sirlene e João tentam simplificar a leitura através das imagens.

O Google, em 2019, homenageou a imagem de Carolina ao colocar uma ilustração sua na tela de início da plataforma no dia 14 de março. Essas imagens são conhecidas como Google Doodle. Na legenda do post do Facebook, lê-se que “ela é considerada a maior escritora negra do Brasil” e, nos comentários, muita curiosidade a respeito dessa escritora que, por tanto tempo, ficou ausente no cenário cultural brasileiro.

google doodle
O Google homenageou Carolina com uma ilustração em sua tela de início. | Foto: Reprodução.

Carolina sentiu a fome e lutou contra ela. Rompeu as amarras que lhes impunham, discutindo sobre grandes problemas da sociedade e do país em que habitava. A todo momento em que viveu, Carolina lutou, criticou, não aceitou. Sua figura já foi passageira, mas agora que voltou, será infinita.

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Por Fernanda Tiemi Tubamoto – Fala! UFMG

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