No último sábado (25), ocorreu a manifestação contra o presidente Jair Bolsonaro. O protesto contou com presenças dos movimentos estudantis e sociais; a população clama por vida, pão, vacina, educação e contra a privatização dos Correios.
A concentração começou no vão livre do MASP às 14h, os manifestantes usavam máscaras para evitar a transmissão do vírus da Covid-19, seguravam placas e bandeiras como forma de indignação contra a gestão de Bolsonaro.
O ato contou com os partidos políticos PCdB, PT, PDT, PSOL; entidades estudantis como UBES, UPES e UNE e as entidades sociais Coalização Negra Por Direitos, Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto(MTST) e outros.

Protestos contra o governo Bolsonaro
Além dos movimentos sociais e estudantis presentes, também havia pessoas que perderam seus entes queridos pela Covid-19 e pelo negacionismo de Bolsonaro.
Eduardo, de 39 anos, perdeu o pai para a Covid-19, ele contou que o pai queria tomar a vacina e que não defendia o tratamento precoce.
Meu pai queria tomar a vacina, ele não era negacionista; ele ia todo dia no posto pra ver se a vacina tinha chegado. Perdi ele faltando uma semana para tomar a primeira dose
Disse.

A manifestação acontecia de forma pacífica, com as baterias de cada bloco clamando pela vacina, pela vida e pelo impeachment de Bolsonaro.
Posteriormente, o ato tomou um rumo diferente. Segundo Shirley e Juliana, “por volta de umas 18h30, a polícia militar começou a jogar bombas de efeito moral nos manifestantes, sem razão alguma. Só víamos um monte de gente correndo, criança chorando”.

“Se o povo protesta em meio a uma pandemia, é porque o governo é mais perigoso do que o vírus”
Conforme o balanço feito pelo consórcio de imprensa com os dados das secretarias de Saúde, o Brasil já atingiu 550 mil mortes pela Covid-19. Em média, são 1.168 óbitos diários pela doença.
De acordo com o G1, alguns estados contam com casos em alta, outros estáveis e em queda, sendo:
- Em alta: AC, PE, AM, GO;
- Estáveis: SP, PA, RJ, DF, PI, MT, ES, AL, TO;
- Em queda: RS, MS, MG, SC, RN, MA, RR, BA, PB, AP, PR, CE E RO.

Além de São Paulo, as manifestações também aconteceram no Rio de Janeiro (RJ), Goiânia (GO), Belo Horizonte (MG), Salvador (BA), Porto Velho (RO), Recife (PE), Belém (PA) a favor do impeachment de Bolsonaro. Apesar da crise sanitária que estamos passando, os organizadores do movimento nacional consideram que “se o povo protesta em meio a uma pandemia, é porque o governo é mais perigoso que o vírus”.

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Por Isabella Martinez – Fala! Anhembi