A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) decretou na noite de ontem, quarta-feira (17), que o uso de máscaras de proteção em aviões e aeroportos brasileiros deixam de ser obrigatórios. A decisão ocorreu após uma reunião da Diretoria Colegiada, que aprovou de forma unânime a mudança.
Levando em consideração o atual cenário, a agência considera que o uso de máscaras deixa de ser uma medida de saúde coletiva e passa a ser individual. No entanto, o uso ainda é recomendo pela instituição, principalmente entre o grupo de risco.
Entenda o que muda com não obrigatoriedade das máscaras nos aviões e aeroportos
A mudança passou a valer de forma imediata, assim que o Diário Oficial da União (DOU) divulgou a informação. Participaram da votação os diretores Alex Machado Campos, Daniel Pereira, Rômison Rodrigues Mota, Meiruze Sousa Freitas e o diretor-presidente Antonio Barra Torres.
A máscara cumpriu um papel efetivo de salvar vidas, mas é preciso ter proporcionalidade até porque (…) medidas como essa tiveram ampla adesão da população, por mais inconvenientes que fossem e acredito que esse é um legado que a sociedade brasileira passou a estabelecer: o uso da máscara como instrumento de defesa
afirmou o diretor e relator do processo, Alex Machado Campos
Daniela Marreco, diretora da Anvisa, explica que a flexibilização das medidas preventivas são proporcionais ao cenário epidemiológico.
Importante destacar que as medidas relacionadas à mitigação dos riscos decorrentes da Covid-19 incorporadas em regulamentos publicados pela Anvisa têm sido fundamentadas em dados científicos e no contexto epidemiológico local e mundial
destacou a diretora
De acordo com Daniela Marreco, o Brasil apresenta uma média de 214 óbitos diários, 23.256 casos diários, 101 milhões de vacinados com dose de reforço, além da pandemia da Covid-19 apresentar um comportamento sazonal com tendência a queda.
As alterações normativas aqui propostas no momento em que estamos, após o término da Emergência de Saúde Pública de Importância Nacional no Brasil, permitirão caminharmos ainda mais para um cenário de mais normalidade e conferir mais conforto aos brasileiros sem nunca descuidar da atenção ainda necessária pela presença do vírus
afirmou o diretor Daniel Pereira
A Anvisa manteve algumas da medidas preventivas, são elas:
- Procedimentos de limpeza e desinfecção;
- Desembarque por fileiras;
- Disponibilização de álcool em gel em aeroportos e aeronaves;
- Sistemas de climatização;
- Avisos sonoros com adaptações, que recomenda o uso de máscaras, principalmente para pessoas dos grupos de risco, como exemplo de pessoas imunossuprimidas, idosos e crianças.
Países como Estados Unidos, Reino Unido, Portugal e França já decretaram, também, a não obrigatoriedade do uso de máscaras.
Anteriormente, outras medidas de flexibilização haviam sido adotadas nos aeroportos brasileiros, como a permissão da retomada de serviços de alimentação a bordo, a retirada de máscara para se alimentar e a permissão para o embarque com a capacidade máxima do transporte.
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Por Giovana Rodrigues – Redação Fala!