Após nove anos sem dar continuidade, a Disney/Pixar estreou o quarto filme da franquia Toy Story. Embarcamos em uma viagem com Bonnie e seus brinquedos dentro de um trailer.
Atenção: a crítica pode conter spoilers sobre o filme Toy Story 4!!!
Quando anunciado, muitos se perguntaram: “mas o último filme teve um bom final, será que precisamos de mais um? ” e sim, precisávamos desse final. Esse filme se aprofunda muito mais no sentimento dos personagens e nos faz chorar trazendo nossa infância às telas.
Ao decorrer do longa, o xerife Woody percebe já não ser mais o boneco favorito e é deixado dentro do armário acumulando poeira. Garfinho, o novo brinquedo de Bonnie, se trata de um garfo recolhido do lixo e algumas sucatas coladas em sua base. Ele não é um brinquedo, é lixo. Garfinho aprende a se adaptar, e traz boas risadas durante sua fase de descoberta como um brinquedo.
Gabby Gabby nos é dada como a antagonista do filme, mas nos mostra motivo para tanta amargura e ausência de amor. Após anos de sua fabricação, a boneca veio com defeito e nunca teve a oportunidade de ter uma criança como sua dona.
Após encontrar seu antigo e grande amor Betty, Woody se vê em um dilema em continuar com Bonnie, ambiente onde não se sentia bem ou virar um boneco perdido, tendo sua liberdade com amigos novos e seu amor.
Com o avanço da tecnologia ao longo desses 24 anos de animação, o filme conta com ótimos gráficos e lindos efeitos que nos emocionam.
O filme retrata sobre sair de ambientes tóxicos e manter sua liberdade de ser feliz, Woody prefere despedir-se de seus amigos ao ficar em um ambiente onde já não sentia que tinha um propósito. O sentimento de não pertencer mais àquele lugar, incomodava o xerife.
Com piadas mais adultas e easter eggs, Toy Story tenta trazer o público que assistia seus filmes desde 1995 (ano de estreia de Toy Story 1). O filme bota finalmente um ponto final em sua jornada, apelando um pouco até para o emocional.
O apego que temos com o que é nostálgico e que nos leva de volta à infância é enorme. Ao sair daquela sala de cinema, vi adultos chorando ao se despedir do xerife e do astronauta: nossos brinquedos favoritos de criança.
Por Henrique Guillem – Fala! Cásper