Nesta quarta-feira, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, falou durante um pronunciamento ao povo que vai convocar uma média de 300 mil cidadãos para se juntar às tropas do país na Ucrânia. O presidente também estendeu os contratos dos soldados por um período indeterminado e afirmou que um decreto foi assinado para que as medidas fossem oficializadas.
A seguir, entenda mais detalhes sobre as medidas e confira o discurso de Vladimir Putin.
Mobilização na Rússia e discurso de Putin
Durante pronunciamento à nação, Putin anunciou a medida de mobilização: “Para proteger nossa pátria, sua soberania e integridade territorial, para garantir a segurança de nosso povo e do povo nos territórios libertados, considero necessário apoiar a proposta do Ministério da Defesa e do Estado-Maior de realizar uma mobilização parcial na Federação Russa”.
O presidente continuou: “Repito, estamos falando apenas da mobilização parcial, ou seja, apenas os cidadãos que estão na reserva e, sobretudo, aqueles que serviram nas Forças Armadas, têm certas especialidades militares e experiência relevante, estarão sujeitos ao recrutamento”.
“Depois que o regime de Kiev recusou publicamente uma solução pacífica para o problema de Donbas hoje e, além disso, anunciou sua reivindicação de armas nucleares, ficou absolutamente claro que uma nova próxima ofensiva em grande escala no Donbas, como já havia acontecido duas vezes antes, era inevitável”, completou.
Putin, que até então se mostrava resistente a aderir a mobilização, tomou a decisão após fracassar em sua campanha de 210 dias e não derrotar o governo de Volodimir Zelenski, presidente da Ucrânia.
Eu gostaria de relembrá-los que nosso país também tem vários meios de destruição, e em alguns casos eles são mais modernos do que aqueles países da Otan. Quando a integridade do nosso país é ameaçada, é claro que nós iremos usar todos os meios à nossa disposição para proteger a Rússia e seu povo. Isso não é um blefe
declarou o presidente da Rússia
Estamos em uma Terceira Guerra Mundial?
O discurso de Putin não deixou claro se a mobilização busca encerrar o conflito com a Ucrânia ou é um ataque aos países que estão apoiando o inimigo. Além disso, também não se sabe se ele estava se referindo a armas nucleares quando citou os armamentos russos.
Mas a tentativa de Putin de congelar as linhas estabelecidas na Ucrância coloca em risco um confronto mundial.
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Por Giovana Rodrigues – Redação Fala!
