Os conteúdos pornográficos não são fenômenos exclusivos da sociedade contemporânea. Durante toda a história da humanidade, existem relatos que retratam as atividades sexuais e estimulam tais práticas. Entretanto, com a chegada da internet, o consumo da pornografia passou a ser facilitado e vem atraindo diversos públicos e gêneros.
As produções destes conteúdos cresceram drasticamente nos últimos anos, no qual um mercado forte se consolidou e foi tomando seu espaço. No entanto, pesquisas foram realizadas a fim de entender como a pornografia pode afetar mental e sexualmente seus consumidores. Além disso, existem diversos debates sobre os abusos sofridos por mulheres que participam deste cenário. Entenda as principais consequências do consumo abusivo da pornografia.
Estudos mostram as consequências do consumo da pornografia
Um estudo realizado na Bélgica com 5.800 homens mostrou que 23% dos entrevistados, com menos de 35 anos, relataram sofrer de disfunção erétil. Ainda segundo o estudo, a disfunção está ligada diretamente com o consumo em excesso da pornografia. Algumas pesquisas recentes demonstram que além da disfunção erétil, os consumidores deste tipo de conteúdo apresentam mais sintomas depressivos, menor qualidade de vida e pior saúde mental.
Uma pesquisa realizada pelo instituto Max Planck, em Berlim, descobriu que, em casos de consumo em excesso, a ativação cerebral se torna menos intensa. Sendo assim, os consumidores de pornografia tendem a procurar novos temas que o estimulem e partem para vídeos que induzem ao incesto ou violência.
Recentemente, diversas atrizes relataram sofre os abusos que sofrem no meio da pornografia, como por exemplo, durante as gravações, em que são agredidas fisicamente e mentalmente. Estes abusos contribuem em grande escala para novas ondas de agressões a mulheres, em que os vídeos acabam criando uma certa “normalidade” para seus usuários que tendem a querer reproduzir as cenas com suas parceiras, o que gera diversos traumas em mulheres jovens.
A pornografia perpetua a objetificação da mulher em um cenário em que todo conteúdo tem o foco no prazer masculino. O Centro Nacional de Exploração Sexual dos EUA (NCOSE) publicou, recentemente, um estudo sobre como a pornografia também perpetua a cultura do estupro. A pornografia carrega com si um certo ar de prazer pessoal e satisfação, mas podemos ver que seus males estão sendo maiores do que qualquer tipo de prazer oferecido.
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Por Matheus Almeida – Fala! UNIASSELVI