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Morre Diretor de Redação da Folha, Otavio Frias Filho, aos 61 anos

Foto:Gustavo Scatena/Imagem Paulista

Faleceu nesta terça-feira, 21 de agosto de 2018, vítima de câncer no pâncreas, o Diretor de Redação da Folha de S.Paulo, Otavio Frias Filho, às 3h20, no hospital Sírio Libanês, em São Paulo. À direção do jornal por 34 anos, Frias modernizou o jornalismo brasileiro e foi o mentor do Projeto Folha, onde consta o moderno “Manual de Redação”. O velório ocorrerá às 11h30, e a cerimônia de cremação, às 13h30, no Cemitério Horto da Paz, em Itapecerica da Serra.

Sob direção da Folha de S.Paulo, Frias tornou o veículo líder de circulação e audiência, e mantendo-se como o jornal mais influente do país. Pregava pelo jornalismo plural, imparcial e crítico, onde firmou no atualizado “Manual de Redação” de 2018, confeccionado pelo mesmo.

Nascido em 7 de junho de 1957, filho de Dagmar Frias de Oliveira e Octavio Frias de Oliveira (este, ex-publisher do jornal), assumiu, em maio de 84, a direção da Folha. Mas sua carreira começara muito antes. Aos 17 anos, em 74, participou de todo o processo das decisões constantes do veículo em abrir mais de uma via opinativa. Realizou sua primeira graduação na faculdade de Direito da USP e realizou sua pós-graduação em ciências sociais na mesma universidade.

Foto: Reproduçã/Estadão

Teve sua carreira como dramaturgo em São Paulo nos espetáculos “Rancor”, “Don Juan”, “Típico Romântico” e “Sonho de Núpcias”. Publicou o livro “Queda Livre” pela Companhia das Letras (2003) e participava de pautas e aprovações editoriais, além de reuniões semanais com a redação, onde tomava as principais decisões do jornal.

“Exigente, Frias representou a modernização do jornalismo à frente da Folha. A implantação do Ombudsman, com autocrítica independente no veículo, foi inovadora e corajosa. A experiência de trabalhar em sua equipe foi inspiradora e essencial para criarmos, na década seguinte, um veículo de vanguarda como o Fala!Universidades.”, diz Don Emílio, Co-Founder e CEO do Fala!Universidades, que trabalhou de 2002 a 2004 na Folha de S.Paulo.

A causa de sua morte, o câncer de pâncreas, é dado para a maioria dos especialistas como um tumor maligno e que mata 95% de seus pacientes dentro de cinco anos. A mesma doença foi responsável pela morte de Steve Jobs, Aretha Franklin e Patrick Swayze.

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