sábado, 12 outubro, 24
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O Esporte Como Superação

Por Marcella Azevedo e Juan Dias – Fala!FIAM FAAM

 

O esporte tem poder de salvar vidas. Principalmente no Brasil, um país em que muito jovens nascidos em condições desfavoráveis viram heróis e referências dentro de suas casas e seus bairros.

Mas e quando esses heróis descobrem os “super poderes” apenas depois de passarem por alguma dificuldade, depois de enfrentarem algo como a perda de visão, um acidente que o deixa paraplégico ou até mesmo uma má formação congênita?

Abaixo vamos conhecer diversas histórias de superação, dedicação. Quando as vontades de ultrapassar limites são impostas para crescer e acreditar que tudo é possível dentro do esporte:

Foto: Marcio Rodrigues/MPIX/CPB

“Estava na estrada para Porto Alegre e fui surpreendido por dois elementos que me pararam e anunciaram o assalto. Devo ter feito algum movimento que assustou o bandido, e ele me atirou pelas costas. Em 2007 comecei no basquete em cadeira de rodas, até chegar na esgrima. O esporte é saúde, felicidade, não consigo viver sem o esporte. “ (Jovane Guissone – Esgrima)

Reprodução: Revista ParAtléta

“Com 4 anos e 9 meses, fiquei deficiente visual total. Nasci cego do olho direito e fiquei do olho esquerdo, através de um acidente. Em 1998 foi minha primeira medalha de ouro no brasileiro, a sensação é muito gostosa que a primeira vez é tudo novidade. O esporte é alegria, saúde, disposição. Vontade de viver. O esporte é a minha vida, é amor e o meu dia a dia” (Alex Gaúcho – Goalball)


“Quando nasci, nasci com o pé direito torto congênito, quando seu pé fica na posição ao contrário. Não consigo mexê-lo, a perna e o pé são menores por conta disso e tenho déficit de força e equilíbrio desse lado. Após a cirurgia, comecei a fazer fisioterapia com quatro anos. Eu ia para a fisioterapia e ficava correndo para cima e para baixo porque odiava o choque no meu pé, e por isso o médico e a fisioterapeuta indicaram a natação para o processo de recuperação. Mesmo eu tendo vergonha, porque eu tinha que ficar de sunga, eu gostava de nadar. Me sentia tão bem que queria continuar fazendo. Fiz o teste e entrei no clube e o técnico me incentivou a tentar entrar na paraolimpíada. Quando cheguei na competição e vi o tanto de deficientes, fiquei emocionado. Quando ganhei a primeira medalha, foi uma sensação que não sei explicar. O esporte é a melhor parte do meu dia, me faz acordar bem. “
(Phelipe Rodrigues – Natação)

São histórias reais de quem conseguiu a superação na vida através dos esportes. São exemplos de que não é por ter lhe acontecido um acidente ou porque você nasceu com alguma adversidade que sua vida tem que parar, pelo contrário, é ali que ela começa e você recomeça.

Agradecimento a Luana Marinho, da revista ParAtleta que ajudou com a colaboração das entrevistas.

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