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A caça às bruxas de Donald Trump

Por Giovanna Stival – Fala!Cásper

 

Com o ex-chefe de campanha e o advogado Michael Cohen condenados, Donald Trump está caindo nas suas próprias armadilhas

Entre as diversas polêmicas que tomaram forma durante o governo do atual presidente dos Estuados Unidos, duas bombas divulgadas essa semana comprometem Trump no tribunal de justiça americano. Na Virgínia, o júri federal considerou Paul Manafort, ex-chefe de campanha de Donald Trump e peça importante nas investigações sobre interferência russa nas eleições de 2016, culpado por oito acusações de fraude. Além dele, outro componente importante do jogo político de Trump acabou se tornando um adversário na última terça-feira, dia 21/08.

Para evitar um julgamento espetacularizado e pela redução de sua pena, Michael Cohen, que em 2011 era um dos principais executivos da empresa do atual presidente e chegou até a ocupar o cargo de vice, se entregou ao FBI como culpado nas acusações de fraude fiscal e bancária, além de ter admitido que movimentou financiamento ilícito para a campanha de Donald. Cohen também revelou ter comprado o silêncio de duas mulheres que supostamente mantinham relações sexuais com Trump, entre elas a atriz pornô Stormy Daniels – a quem pagou cerca de 130 mil dólares a pedido do republicano. Com a revelação, o presidente pode ser forçado a depor em um processo movido por Stormy.

De acordo com o advogado, as violações das leis federais de campanha tinham o “principal objetivo de influenciar as eleições”. Michael Cohen pagou meio milhão de dólares de fiança e foi colocado em liberdade até a divulgação da sentença, em 12 de dezembro.

O advogado que defende Cohen no tribunal, Lanny Davis, publicou em uma rede social que “se esses pagamentos são um crime para Cohen, por que não são um crime também para Donald Trump?”.

 

Sem citar o ex-amigo de negócios, Trump disse no Twitter: “Que tipo de advogado gravaria um cliente? Tão triste!”, fazendo relação com as gravações feitas pelo próprio Michael – e divulgadas pela CNN a um mês – em que o advogado discute com Donald Trump o pagamento que iria ser feito à modelo da Playboy Karen McDougal para esconder informações negativas sobre a campanha do empresário.

A poucos meses das eleições para o Congresso, as revelações fragilizam ainda mais a posição do presidente e favorecem os democratas a reconquistar uma maioria na Câmara dos Representantes e do Senado.

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