A sexualidade é um dos assuntos que mais são vistos como tabu na sociedade. Apesar de ser veiculado frequentemente na indústria do entretenimento, a educação sexual de crianças e jovens continua sendo uma tarefa complexa para pais.
Falar sobre sexo provoca constrangimentos em algumas pessoas, mas o tema é de extrema importância e deve ser tratado da forma mais natural possível.
A importância da educação sexual
A educação sexual busca ensinar e esclarecer dúvidas relacionadas ao sexo no geral. DSTs, preservativos, organismos masculino e feminino, anticoncepcionais, gravidez. Porém, é importante compreender que não se restringe ao ensino da biologia e fisiologia da sexualidade, ela ensina a pensar sobre que envolvem o corpo e o relacionamento entre pessoas. Além disso, estudiosos e profissionais da educação e psicologia defendem que a criança aprender desde cedo diferenciar carinho de um toque indevido em seu corpo ajuda a combater o abuso infantil.
A ausência de informação durante a infância pode afetar também a vida das pessoas no futuro. Muitas mulheres adultas, por terem crescido em ambientes machistas, onde a subordinação feminina e a sexualização precoce estão presentes, são vítimas de assédios e abusos sexuais em casa, nas ruas ou em seu local de trabalho. Sendo assim, o medo e a falta de conhecimento sobre o assunto impedem que a maioria das mulheres denuncie os seus agressores.
Mas por que a escola desempenha um papel fundamental em casos de abuso e assédio?
No livro, Mamãe, o que é sexo? – Vem que eu ajudo com a resposta, Lilian Macri aborda dúvidas dos filhos, o papel das escolas e das famílias e a prevenção de abuso sexual infantil. Na obra, ela destaca a importância da escola no processo da educação sexual de crianças e adolescentes.
A conclusão é óbvia: se a ameaça, quando ela existe, está dentro da casa da criança ou do adolescente, a existência de um elemento externo para esclarecer os alunos, e até mesmo ter a chance de identificar situações em que algo muito errado ocorre, é fundamental e indispensável. E nada melhor do que esse elemento externo ser um educador preparado para identificar tudo isso dentro da estrutura escolar, que, além dos familiares, é a parte informada em convívio com o estudante nesse período da vida deles. Mesmo porque, infelizmente, parece inacreditável mas ainda temos mães ou mesmo famílias, e muitas, que percebem os abusos mas fingem que a situação não existe.
Destaca ela.
Portanto, a educação sexual é importante não só para conhecimento a respeito da sexualidade, mas também sobre os direitos de cada um. Conversas naturais sobre sexo informam e podem prevenir a ocorrência de crimes. Ensinar e reforçar sempre para crianças e adolescentes que ninguém pode tocar em seu corpo sem seu consentimento é uma necessidade e não pode ser visto como um assunto tabu.
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Por Maria Eduarda Vieira – Fala! UFF