sexta-feira, 26 abril, 24
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Crônica: Abstinência

Por Bruna Saori – Fala! Puc

Abstinência

Será essa a sensação de abstinência? Será possível sofrer abstinência por uma pessoa? Isso dói. Saudade dói.

Lágrimas já não mais queimam como ácido, e soluços já não parecem socos, e lembrar já não é doloroso como álcool em uma ferida aberta, mas a dor de não se encontrar com alguém amado ainda dói como facadas no estômago. Foi aos poucos que aconteceu.

Primeiro passou um fim de semana. Então, duas semanas se passaram. Em pouco tempo, três finais de semana haviam evaporado como uma gota no deserto. Quando a ficha caiu passara-se mais de um mês, tempo esse que aumenta a cada dia.

E lágrimas voltaram como ácido, soluços voltaram como socos, as facadas se intensificaram e tudo o que eu fazia era chorar. Passar semanas longe de alguém que esteve sempre ao lado dói. Dói como cinquenta chibatadas. Saudade dói. Mas dizem que a distância fortalece o amor, não é mesmo? Bem, já não sei mais nada.

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