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Como países da Europa e os EUA traçaram o retorno dos esportes?

Desde o início da pandemia causada pelo coronavírus sars-cov-2, diversos serviços e eventos do cotidiano da população mundial foram paralisados ou até mesmo encerrados para não disseminar ainda mais o vírus. No caso do mundo dos esportes, não foi diferente, com ligas esportivas sendo paralisadas em todo o globo.

No entanto, desde maio, ocorrem movimentos e negociações para o retorno das grandes ligas europeias de futebol, que regressariam junto com a abertura gradual da economia e a flexibilização da quarentena, especialmente em países que controlaram a expansão do vírus em seu território. Obviamente, a ideia sempre foi que as partidas se realizassem com portões fechados, para evitar aglomerações.

Retorno do futebol no mundo

A Alemanha surgiu como pioneira nesse aspecto e foi o primeiro país europeu a permitir o retorno do futebol, que aconteceu no dia 16 de maio, com o regresso do campeonato alemão (Bundesliga). Para que isso fosse feito, os clubes realizaram testes semanais em todos os jogadores, comissão técnica e familiares de jogadores interessados como prevenção, além de liberar gradualmente os treinos, primeiro com treinos de preparações individuais, sem contato com a bola, e depois com treinos coletivos.

retorno do futebol
Thomas Müller comemorando em um Signal Iduna Park vazio. | Foto: Federico Gambarini /Pool /AFP /CP.

Além disso, durante os jogos os métodos foram bem rígidos também. Em cada partida, são permitidos, no máximo, 322 pessoas trabalhando e todos os profissionais, com exceção dos jogadores em campo, são obrigados a usar máscaras de proteção. É proibido abraços, beijos e apertos de mão em casos de comemoração de gol, sendo adotado, assim, o cumprimento com o cotovelo entre os atletas. As aglomerações em torno do árbitro também foram rechaçadas, sendo cabíveis de punição por parte do juiz, e os jogadores reservas têm que respeitar uma distância mínima enquanto assistem à partida.

Após essa experiência inicial, outros países passaram a acelerar o processo de retorno do futebol, também seguindo o protocolo de testagem em massa e retorno gradual dos treinos. Portugal retornou com a sua liga no dia quatro de junho, Espanha retornou no dia onze, Itália no dia doze e a Inglaterra tem previsão para o dia dezessete. Sendo assim, é esperado que, a partir do dia onze, sejam disputados 336 jogos, com média de seis partidas por dia até o final das competições.

Lembrando que também houve casos de cancelamento ou encerramento de torneios nacionais. Na França, o campeonato foi encerrado, com o PSG sendo declarado campeão. Na Bélgica, o campeonato também foi encerrado e, na Holanda, o torneio foi cancelado, sem vencedor e rebaixados. Há também uma expectativa dos clubes para o retorno da Liga Europa e da Liga dos Campeões, que aguardam uma confirmação da UEFA para definir datas e o encerramento.

Os Estados Unidos também planejam o retorno dos esportes. A NBA (National Basketball Association), que foi paralisada no dia doze de março, tem data prevista para retorno o dia 31 de julho e teria duração até o dia doze de outubro. Seriam chamadas 22 equipes para disputar a reta final de temporada regular e, posteriormente, a fase eliminatória (playoffs). Os jogos ocorreriam todos em Orlando, na Flórida. Assim como o basquete, a MLS (Major League Soccer), principal liga de futebol dos EUA, também tem previsão para retorno. A data de regresso seria oito de julho e, assim como na NBA, as partidas seriam disputadas em Orlando.

Lembrando que, diferentemente dos países europeus citados, a curva de contaminação do coronavírus nos EUA não está em estágio descendente. Por mais que no nordeste do país, como em Nova York, o número de pessoas hospitalizadas têm diminuído, regiões do centro-oeste, sul e parte do oeste têm sofrido com o aumento da circulação do vírus. O país é o mais atingido no mundo, com dois milhões de casos confirmados e quase 113 mil pessoas mortas.

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Por Iúri Medeiros – Fala! Cásper

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