No início do ano, os atletas e dirigentes esportivos jamais imaginariam que uma pandemia global de coronavírus iria atrapalhar os planejamentos e calendários de competições. A recomendação de evitar aglomerações de pessoas obrigou as federações esportivas a suspenderem e adiarem os eventos.
Muitos foram os torneios suspensos: os estaduais do futebol brasileiro, os nacionais do futebol europeu, Libertadores, Champions League, NBA, Wimbledon e Fórmula 1, são alguns dos exemplos. Outros campeonatos que seriam realizados esse ano, só ocorrerão em 2021, casos da Copa América e da UEFA Euro.
Nem mesmo os grandiosos Jogos Olímpicos ficaram de fora. Recentemente, o Comitê Olímpico Internacional anunciou que as Olimpíadas de Tóquio acontecerão somente em 2021 também.
Certamente, essa parada brusca e anormal, no meio das temporadas, trouxe e trará inúmeros prejuízos financeiros e até mesmo físico e psicológico para muitos esportistas. Apesar dos preparadores físicos montarem treinos para serem feitos dentro de casa, a falta de treinos mais puxados e específicos prejudicam os desempenhos.
Além disso, muitos atletas, principalmente o âmbito futebolístico, tiveram seus salários cortados pela metade, para que os clubes não sofram tanto com o impacto econômico.
A bilionária indústria do mundo dos esportes, inclusive, terá graves prejuízos com receitas de patrocínio e publicidade. As mídias e emissoras de conteúdo esportivo estão sofrendo quedas gigantescas no faturamento com a ausência de conteúdo ao vivo; muitas delas recorrem aos jogos antigos e emblemáticos para transmitirem em suas grades. Mas, para evitar o rápido contágio e propagação do Covid-19, fez-se necessários tais medidas de suspensão.
Diversos atletas e clubes, com o intuito de ajudar as pessoas e comunidades de baixa renda, estão doando e arrecadando milhares de produtos básicos para limpeza e proteção, em especial máscaras e álcool em gel e alimentos.
Ademais, algumas agremiações abriram as portas de seus ginásios e estádios para servirem, temporariamente, como leitos de hospital e como pontos de coleta de doações.
Por fim, a maioria das federações, clubes e atletas estão com certa dificuldade em lidar com essa condição adversa e esperam que essa pandemia passe o mais rápido que possível, para que possam concluir suas competições.
No entanto, o desafio será bastante grande, pois os competidores precisarão de tempo para retomar o ritmo dos treinos e existe uma indefinição de quando os campeonatos retornarão. Além do mais, há os prejuízos financeiros que os times terão que lidar e superar.
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Por Helena Barbosa Geraldes – Fala! Cásper