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As consequências da possível morte de Kim Jong-un

A vida dos norte-coreanos estaria ameaçada tendo Kin Yo-jong como sucessora?

Sábado, 25 de abril de 2020. Kim Jong-un está morto! Isso é o que infelizmente a má interpretação de algum internauta causou na web neste último sábado. O site de notícias TMZ publicou uma matéria com o seguinte título: ‘N. KOREA DICTATOR KIM JONG-UN REPORTEDLY DEAD… After Botched Heart Surgery’. (Kim Jong-un ditador norte-coreano está morto… após uma cirurgia cardíaca mal feita).

De fato, o título é uma chamada de atenção para lerem a matéria. a TMZ usou o título de como descreveu o jornal que publicou a matéria afirmando que o ditador estaria morto.

Porém a TMZ apenas informou o que alguns meios de comunicação da China e Japão estavam espalhando. Logo no começo da matéria o site de notícias deixa claro que não confirma o falecimento.

Há alguns dias antes da web começar a repercutir a possível morte de Kim Jong-un, a vice-diretora de um canal de notícias de Hong Kong divulgou a notícia por conta própria. E ao que tudo indica ela é sobrinha do ministro das Relações Exteriores na China.

A CNN Internacional confirmou que o estado do ditador seria grave, de fato isso se confirmou após a China enviar médicos a Coreia do Norte para tratar/ ‘aconselhar’ o norte coreano. Kim estava circulando pela região quando colocou a mão no peito e caiu, logo após ele precisou de um procedimento de endoprótese, aparentemente a cirurgia foi mal sucedida. Dizem as especulações que o cirurgião estaria bastante trêmulo. Kim também estava há muitos dias sem aparecer presencialmente e faltado no dia 25 de abril ao evento que anualmente é comemorado o Dia do Sol, dia do nascimento de seu avô.

Logo os rumores que Kim Jong-un estaria morto foram desmentidas, mas o estado que ele se encontra ainda não é das melhores. Um dia depois a edição do jornal norte-coreano Rodong Sinmun teve como manchete cartas que o ditador estaria enviando e recebendo do presidente de Cuba. E o Jornal The Pyongyang Times na versão em inglês tendo a mesma manchete na capa.

A Coreia do Norte é um regime fechado, é difícil saber qualquer informação que vem desse país, em meio a pandemia do Coronavírus não soubemos ao certo se estão sofrendo com o vírus e os números de infectados. Há apenas um jeito de saber o estado de saúde do ditador coreano e o jornalista e pesquisador Lucas Rohan explica no vídeo abaixo:

https://www.youtube.com/watch?v=uNYCGVhhvYk

Todo esse impacto que uma má interpretação de texto levou teve uma mulher como centro das atenções mundial. Kim Yo-jong, a irmã mais nova de Kim Jong-un e a possível sucessora no comando da Coreia do Norte. Agora ela estaria sendo vista com outros olhos?

Kim Yo-jong (32), é a primeira vice-diretora do Departamento de Propaganda e Agitação da Coreia do Norte, e membro também do Politburo do Partido dos Trabalhadores da Coreia. Ela é o braço direto do irmão, tendo toda sua confiança.

A menos que Kim Yo Jong seja muito diferente de seu irmão Kim Jong Un, os Estados Unidos já deveriam estudar como podem fazer para afastá-la.

A ideia de ter uma mulher como sucessora é praticamente inadmissível na Coreia do Norte, poucas mulheres chegaram a um cargo de auto poder e ela seria uma exceção, uma das mais notáveis. Porém não há homens para substituição de Kim Jong-un. Kim teria um filho homem, porém novo demais para o comando. Seu irmão mais velho Kim Jong-chul, era considerado por seu pai Kim Jong-il como um homem afeminado demais para comandar a Coreia do Norte. Também temos um outro irmão mais velho que seria Kim Jong-nam, mas em 2007 em uma atuação arranjado por serviços secretos do Norte ele acabou sendo assassinado. Há outros parentes, porém, estão afastados ou em exílio.

Aparentemente ela demonstra interesse em manter boas relações uma vez que elogiou a ajuda que o presidente dos Estados Unidos da América, Donald Trump ofereceu ajuda no combate ao Coronavírus. Relatos em dezembro de 2019, dizem que ela teria dado a primeira ordem para a totalidade das forças armadas, mostrando o quanto sua força no poder está se expandido.

É difícil saber as consequências que tudo levaria com a morte de Kim Jong-un, mas ao certo é que seria difícil um regime mais aberto mesmo sendo uma mulher no poder, uma vez que Kim Yo-jong seguiria os mesmos passos do irmão, demonstrando concordância com os feitos do líder norte-coreano.

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Por Bianca Rocha – Fala! FMU

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