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Como o Apple Watch pode auxiliar na saúde do usuário?

Um relatório publicado no Wall Street Journal (WSJ) afirma que os sensores de saúde continuam no centro das atenções do Apple Watch. Entre as novidades que podem ser incluídas no wearable estão o monitoramento de pressão arterial, rastreamento de sono e medição de glicose no sangue e de temperatura corporal.

Podemos encontrar modelos de Apple Watch com sensores capazes de detectar padrões avançados de sono, como apneia, além de detectores de diabetes e oferecer suporte para medir a temperatura de uma pessoa. O dispositivo poderia ser utilizado, inclusive, para a identificação de período fértil, dando indícios às mulheres sobre seu ciclo de ovulação.

Uma atualização permite até que pessoas diagnosticadas com o ritmo cardíaco irregular, conhecido como fibrilação atrial (AFib), consigam usar o recurso do relógio para rastrear essa condição. Outra função é que o dispositivo faça um alerta aos usuários em caso de queda do nível de oxigênio.

Atualmente, o sensor de oxigênio no sangue fornece uma leitura, mas não alerta os usuários, e o recurso AFib só pode ser usado por pessoas que dizem não ter essa condição.

o Apple Watch auxilia no monitoramento da saúde de pacientes
o Apple Watch auxilia no monitoramento da saúde de pacientes. | Foto: Freepik/wayhomestudio.

O que a comunidade médica diz sobre o Apple Watch

O Apple Watch é capaz de salvar a vida de pessoas com problemas de saúde, isso tudo graças aos seus variados sensores e sua constante presença no pulso de milhares de usuários.

Porém, desde que chegou ao mercado, uma série de médicos resistem em aceitar o Apple Watch como um aliado para o monitoramento da saúde de pacientes.

Com a ajuda de alguns profissionais da saúde, o artigo discutiu como a lenta adoção do Apple Watch por médicos dificulta a aceitação do relógio como um dispositivo que auxilie esses profissionais na captação de dados de pacientes e a evolução ainda maior nesse campo — isso, é claro, sem substituir equipamentos de precisão médica.

Apesar de muitos médicos enxergarem as funções do relógio de maneira otimista, o psicólogo clínico Michael Breus contou em uma conversa com o FT que 99,9% dos profissionais médicos ainda não confiam no Apple Watch.

Quais funções do Apple Watch auxiliam a saúde

O Apple Watch mede em segundo plano a frequência cardíaca para verificar se ela está muito alta ou muito baixa, o que pode indicar um problema de saúde sério não diagnosticado. Isso ajuda você a identificar quadros que exigem uma avaliação mais aprofundada.

Se a frequência cardíaca de um paciente estiver superior a 120 BPM ou inferior a 40 BPM após mais de 10 minutos de repouso, ele será notificado. Os usuários podem ajustar o limite de batimentos por minuto ou desativar essas notificações quando quiserem. Todas as notificações de frequência cardíaca podem ser vistas no app Saúde do iPhone, bem como a data, o horário e o registro da frequência cardíaca.

O recurso de notificação de ritmo cardíaco irregular procura de tempos em tempos por sinais de ritmos cardíacos irregulares que podem indicar fibrilação atrial (AFib). Ele não detecta todos os casos de AFib, mas pode encontrar algum indício de que é preciso fazer uma avaliação aprofundada.

As notificações de ritmo cardíaco irregular usam o sensor cardíaco óptico do Apple Watch para detectar a onda do pulso e procurar variações nos intervalos entre os batimentos quando o usuário está em repouso. Se o algoritmo constatar repetidamente um ritmo irregular que indique AFib, o paciente receberá um aviso, e a data, o horário e a frequência cardíaca serão registrados no app Saúde.

A própria Apple vem fazendo sua parte para aprimorar os sensores do relógio e incentivar o seu uso para fins de pesquisa e análise médica – apesar de os sensores presentes no Watch (como o de ECG e de oxigenação do sangue) não serem tão precisos quanto aparelhos de nível médico, eles podem ser utilizados para outros fins além dos de monitoramento de atividades físicas e sinais vitais.

No entanto, segundo algumas previsões sobre a adição de outros sensores, como o de pressão arterial ou o de açúcar no sangue, eles ainda deverão demorar um pouco para chegar.

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Por Sabrina Ferreira – Fala! Centro Universitário Brasileiro de Pernambuco – Recife

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