Há meses, a estética brasileira e a tendência de moda Brazilcore tem ganhado força nas redes sociais. Criadores de conteúdo do Fashion Tiktok – nome dado ao espaço dentro da plataforma voltado para vídeos sobre moda – vem reforçando a ideia de incorporar aos looks as cores da bandeira do Brasil, e algumas celebridades internacionais também apareceram usando os tons do nosso emblema, como a modelo Hailey Bieber.
No último SPFW, a Misci, marca do designer brasileiro Airon Martin, marcou a passarela com seu boné verde e amarelo que vinha escrito “Mátria Brasil”, o sucesso foi tão grande que após a viralização na internet o produto esgotou.
Afinal, Brazilcore é uma tendência de moda ou uma manifestação política?
Mas a questão é, Brazilcore é uma tendência de moda, uma manifestação política ou apenas uma onda ocasionada pela Copa do Mundo? Em 2022, se comemorou o bicentenário da Independência do Brasil, também ocorreu a mais acirrada eleição presidencial que polarizou o país todo, e ainda teremos a Copa do Mundo de futebol que é muito importante para o brasileiro, já que somos conhecidos mundialmente como o país do futebol.
Nos últimos anos, a nossa “amarelinha” foi associada ao ultranacionalismo gerado por políticos de direita, e neste ano o movimento de desassociar a camiseta do Brasil, assim como as cores da bandeira, da política veio forte. Artistas, músicos e influenciadores digitais têm trabalhado nisso, e a Copa está sendo uma aliada para dar outro significado à nossa camisa, resgatando o seu uso sem estar aliado a uma figura política.
O futebol e a moda são sim meios de se manifestar politicamente, pessoas e tendências influentes nessas esferas ajudam a reforçar o uso da camisa de time da seleção brasileira sem estar ligado à extrema direita.
O Brazilcore a cada dia se populariza no país, se tornando uma tendência de moda local, mas dependendo do resultado dos jogos no Qatar pode sim se tornar uma onda mundial, resgatando o nacionalismo saudável no Brasil.
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Por Bianca Rebernisek – Fala! São Judas
