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Crítica: ‘Cartão de Natal’, um filme clichê que todos devem ver

Cartão de Natal” é um filme original da Netflix, e é ainda o resumo de todos os clichês das comédias românticas natalinas. Mas não, isso não é necessariamente uma coisa ruim.

Confira a crítica do filme Cartão de Natal, da Netflix.
Confira a crítica do filme Cartão de Natal, da Netflix. | Foto: Reprodução.

Análise crítica de Cartão de Natal, comédia romântica natalina da Netflix

O filme conta a história de Ellen Langford, que pertence a uma família rica, conhecida na cidade como a “herdeira baladeira”. A garota se envolve num pequeno escândalo, o que faz seu pai ficar apreensivo em deixar o negócio em suas mãos, já que ela vem se mostrando imatura demais para tanta responsabilidade.

Sendo assim, antes de passar o cargo à filha, ele dá à ela uma missão: ir à sua cidade natal, Snow Falls, a qual ela nunca conhecera, para entregar um cartão de Natal ao especial ex-parceiro do pai, “Tio Zeke”.

Junto com a missão vieram algumas condições: Ellen tinha que entregar o cartão nas mãos do tio Zeke; tinha que se virar nos dias que fossem necessários passar lá, com apenas 100 dólares; e não podia contar a ninguém que era filha do tão famoso Jim Langford, para não ganhar tratamento especial, pois a condição de se virar com pouco dinheiro era a mais importante, para saber dar valor às coisas.

Como não pode usar seus cartões de crédito, e vendo seu dinheiro acabar, ela recebe a ajuda do gerente da pousada. A garota rica tem que enfim trabalhar para conseguir seu próprio dinheiro. Durante esse tempo, rola um romance entre os dois, porém logo é interrompido, pois o gerente descobre que ela tem um noivo.

Outro rico que só está preocupado com status, não entende o propósito da viagem de Ellen. Ao não conseguir contato com ela, decide ele mesmo ver o motivo da demora de sua volta. Quando o noivo deixa escapar a verdadeira identidade dela, brigas do casal vêm à tona, e o resultado dessas brigas já é esperado.

Ellen Langford conseguiu cumprir com o papel de garota mimada para a garota responsável e amável numa metamorfose tão sutil que, no início você começa detestando-a, quando você menos esperar e praticamente sem perceber, estará lá, torcendo e se emocionando por ela.

Assistir uma garota mimada de cidade grande dando um showzinho de futilidade numa cidade pequena onde, em sua opinião, só tem gente “matuta”, pode ser bastante engraçado ou insuportável, depende muito da sua personalidade ou senso de humor. Particularmente, eu achei insuportável e quase desisti de assistir ao filme achando que ele seria o tempo todo assim, mas resolvi dar uma chance e, adivinhem, não me arrependi! Valeu a pena!

Em espírito natalino, ela fica na cidade ajudando os moradores nas festas de Natal e é onde finalmente entendemos a importância dos cartões.

A produção do filme é linda, afinal, com tanta neve, frio, lareiras, decoração de natal, boa trilha sonora, figurinos, fotografia, como não ser? E não só isso, a história é muito bem construída, faz sentido, é próxima da realidade e não deixa lacunas, que é algo que pode irritar um pouco quando ocorre em filmes mais simplistas, como esse.

Cartão de Natal é uma ótima opção para assistir nessa data tão especial, que por mais que não se acredite no que tem por trás do significado do Natal, não tem como negar que a sensação de aconchego e acolhimento é real. E assistir um filme que mostra o bem que essa época do ano pode trazer às pessoas é incrivelmente mágico, chegando ao ponto de nos perguntarmos: estamos sendo bons o suficiente para nós, para o próximo e para o mundo?

Prepara a pipoca e embarca nessa história linda e cheia de ensinamentos!

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Por Sabrina Ferreira – Fala! Centro Universitário Brasileiro de Pernambuco

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