Com redução da atividade humana em decorrência da pandemia do novo coronavírus, a poluição desacelerou em todo o mundo, principalmente nos países mais afetados pela doença.
Na tentativa de conter o ritmo acelerado de contágio do novo coronavírus vários governos vem seguindo as recomendações da OMS (Organização Mundial da Saúde) e adotando medidas de isolamento. Cerca de 2,5 bilhões de pessoas estão em quarentena, um terço da população mundial.
Com isso, a diminuição da ação humana está promovendo mudanças no meio ambiente, uma vez que as cidades estão vazias e com menos ruídos sonoros, animais silvestres e urbanos estão sendo vistos passeando pelas ruas, refletindo a perda de seus habitats, por conta da urbanização. Veados foram flagrados circulando no Japão, assim como, javalis e ovelhas têm andado tranquilamente pelas cidades italianas.
No entanto, se por um lado alguns animais estão fazendo da ausência humana uma busca da recuperação por espaços, outros que dependem da população estão passando fome. É o caso de elefantes e macacos na Tailândia que antes eram alimentados por turistas.
Já a vida marinha, parece não estar sentindo falta dos turistas; na costa italiana, os golfinhos reapareceram, centenas deles na ilha de Sardenha. Os cisnes também se juntaram a eles nas águas, agora cristalinas, dos canais de Veneza.
Entretanto, o porta-voz da prefeitura da cidade diz que o nível de poluição da água não diminuiu, o que aconteceu foi que, sem a circulação de embarcações, os sedimentos e resíduos ficam depositados no fundo, deixando água com a aparência de mais limpa.
Além disso, as emissões de carbono na atmosfera despencaram com as restrições de deslocamento. O número de voos e de carros nas ruas diminuíram significativamente e as indústrias que fabricam bens não essenciais paralisaram ou reduzirem suas atividades. Com isso, a demanda de petróleo e carvão tem sido menor.
Nova York, por exemplo, teve uma diminuição de 50% de gases do efeito estufa na atmosfera, outras metrópoles também reduziram seus níveis de poluição, inclusive São Paulo. Em todo o mundo, é lançado, por dia, na atmosfera, um milhão de toneladas a menos de CO2.
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Por Camila Nascimento – Fala! Cásper