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7 prisioneiros: longa brasileiro da Netflix mostra o terror do trabalho escravo

Nesta quinta-feira (11), um dos filmes brasileiros mais esperados do ano, 7 prisioneiros, chegou ao catálogo da Netflix. Antes de estrear no streaming, o longa-metragem fez sua estreia mundial no 78º Festival Internacional de Veneza. Atualmente, no Rotten Tomatoes, agregador de críticas de cinema e séries, a produção conta com 96% de aprovação, com 24 avaliações. 7 prisioneiros estava na disputa para representar o Brasil no Oscar 2022, no entanto, a seleção optou por Deserto Particular, do cineasta Aly Muritiba.

7 prisioneiros
Rodrigo Santoro em 7 prisioneiros. | Foto: Reprodução/Youtube.

Trama, elenco e produção

A história gira em torno do jovem Mateus (Christian Malheiros), que está em busca de novas oportunidades, e por isso, decide sair do interior para iniciar um trabalho em um ferro velho de São Paulo sob o comando de Luca (Rodrigo Santoro). No entanto, poucas semanas depois, ele e seus amigos descobrem que se tornaram vítimas de um sistema de trabalho escravo. Sendo assim, o grupo se reúne para fazer o que for preciso para escapar. 

O elenco de 7 prisioneiros conta com Christian Malheiros (Sintonia) como protagonista e Rodrigo Santoro (Golpe duplo) dá vida ao patrão cruel da história. Quem também forma a equipe de atores é Lucas Oranmian e Victor Julian. 

Na direção, Alexandre Morato assume a responsabilidade. Sua carreira como cineasta ganhou destaque após lançar o filme Sócrates (2018), também protagonizado por Christian Malheiros. O drama ganhou reconhecimento em festivais internacionais, bem como prêmios em cerimônias do cinema independente. A produção é de dois diretores que foram indicados ao Oscar: Fernando Meirelles, por Cidade de Deus; e Ramin Bahrani, pelo filme da Netflix Tigre Branco

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Christian Malheiros. | Foto: Reprodução/Youtube.

Por que assistir a 7 prisioneiros

7 prisioneiros carrega um enredo que explora a permanência da escravidão no Brasil. O filme expõe reflexões relevantes sobre as condições de trabalho no país e a crescente desigualdade de classes. Para Fernando Meirelles, a importância do novo drama está em expôr como a escravidão ainda possui raízes profundas nas relações trabalhistas do país. 

“É natural esse negócio de explorar o outro. Se você está frágil e vulnerável, o outro vai lá e te escraviza. E existem escravizações que não são, necessariamente, com barras de ferro, como vemos no filme”, explica. “Mas quando o cara não tem nenhum emprego, e não tem onde morar, você o contrata por R $10 por dia para fazer um serviço que vai render R $80, e isso é uma forma de escravização. Acredito que esse impulso está na gente, como raça humana.”, disse em entrevista ao Cinema com Rapadura. 

7 prisioneiros está em exibição em cinemas selecionados e disponível no catálogo da Netflix. 

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Por Lucas Kelly – Redação Fala!

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