Eu fiz um aborto.
Eu matei e morri.
Eu morri, por dentro e por fora,
de todas as maneiras.
Eu virei só.
Eu era uma, éramos dois, éramos três.
Virei uma depois de descobrir ser “dois em um”.
Eu abortei e morri.
Eu era vida e agora eu sou nada.
Eu sou um aglomerado de células.
Eu tirei um aglomerado de células.
Não era vida. Eu era vida.
Eu não pude escolher.
Eu escolhi. E agora eu morri.
Por: Bruna Matos – Fala!M.A.C.K
1 Comentário
Muito talento envolvido !! Escrito com alma e desenvolvido através de olhar atento ao cotidiano pela lente atenta de uma jornalista brilhante!!!