Beatriz de Oliveira – Fala!PUC
O RAP diz: – Ele não!
Diante do atual cenário de polarização política, nomes do rap nacional manifestaram-se lançando sons que explicitam suas contrariedades ao candidato à presidência Jair Bolsonaro e as ideias defendidas por ele.
O rapper pernambucano Diomedes Chinaski lançou, no final de setembro, a música Disscanse em Paz. No YouTube, o título da música vem acompanhado da expressão “Bolsonaro Diss”. O termo diss no rap nomeia as canções criadas com o intuito de insultar uma pessoa ou um grupo. A arte visual da faixa é uma referência ao quadro Santa Ceia, e a letra traz trechos como “Malditos escravos de antigos valores, então não me falem de Jesus” em que o cantor se dirige aos apoiadores do candidato, e completa “Se Cristo ainda tivesse vivo, ele me ajudava a matar esse porco”. Ainda em alusão à um cenário cristão, o rapper lamenta “É triste explicar o óbvio” e elucida as consequências da decadência democrática “Vão colocar Maria na miséria, Seu João na cadeia e José no caixão”.
Diomedes não poupa críticas ao definir o candidato, à exemplo dos trechos “Senhor candidato é menino mimado. Soldado frustrado, grande demagogo” e “Vosso candidato é mentira e ódio”. Essas definições e a música como um todo justificam a afirmação do rapper “cada voto que eu tirar do verme vai ser como se eu salvasse alguma vida”.
A música Eles Não Ligam Pra Gente lançada pela Pineapple StormTV no início deste mês, traz a hashtag ELE NÃO no YouTube. Chinaski aparece novamente com críticas a Bolsonaro “Seu candidato é misógino, homofóbico e racist. Parece que ele tem umas semelhanças com Hitler”. Chamando atenção para outra esfera da crítica política, o rapper Ducon diz “É pique Afeganistão, mas isso é Brasil. Onde um levou facada e todo mundo riu”, em referência a um ataque contra o candidato durante campanha em Juiz de Fora.
O clipe da música Psicopretas vol.2 se inicia com mensagens contra o racismo e opressões, numa TV em que logo aparece a imagem de Jair Bolsonaro, em seguida este aparelho é chutado por uma das rappers que compõem a obra. O rap Brasil Colônia, lançado pelo grupo Oriente, faz um paralelo entre a atual conjuntura nacional e a época colonial. Nissin se manifesta politicamente na música dizendo “Eu não sou de esquerda e não voto no Bolsonaro”.
1 Comentário
Coitadinho desse rap ele está mau informado perdendo tempo e a mídia com letra política. O Brasil precisa de respeito e cultura não essa merda que a mídia e essa velha política e políticos nos propõe como educação.