O Oscar é o prêmio mais famoso e o mais desejado da indústria cinematográfica. Criada em 1927, a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas premia, anualmente, os melhores desempenhos do ano em categorias como Melhor Filme, Melhor Diretor, Melhor Atriz, Melhor Ator, entre outros.
A Academia abriu, em 1957, mais espaço para a premiação de filmes não-estadunidenses, ao criar a categoria de Melhor Filme Estrangeiro, hoje chamada de Melhor Filme Internacional.

Filmes brasileiros que concorreram ao Oscar
Orfeu Negro (1960)
Desde 1945, o Brasil possui representantes no Oscar, mas foi só 15 anos depois, com o filme Orfeu Negro, que o país teve uma produção (nesse caso, uma coprodução) indicada ao prêmio da Academia.
Orfeu Negro venceu o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro, mas foi entregue à França.

O Pagador de Promessas (1962)
Porém, três anos depois, a primeira indicação do País Tropical Abençoado por Deus viria. Em 1963, a forte obra O Pagador de Promessas, de Anselmo Duarte, seria relembrada na categoria de Melhor Filme Estrangeiro.

Na mesma categoria, três outras produções seriam indicadas. São elas:
Central do Brasil (1998)
Apesar de se tratar de uma coprodução com a França, Central do Brasil representou o Brasil no Oscar de 1999. Além disso, Fernanda Montenegro foi indicada ao Oscar de Melhor Atriz, mas perdeu para Gwyneth Paltrow, de Shakespeare Apaixonado.
O Que é isso Companheiro? (1997)

O Quatrilho (1995)

Outras categorias do Oscar:
Apesar de não ter sido indicado ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro, Cidade de Deus, de Fernando Meirelles, é o filme brasileiro com o maior número de indicações: são quatro, incluindo Melhor Direção e Melhor Roteiro Adaptado.

O filme brasileiro mais recente a receber uma indicação ao Oscar foi Democracia em Vertigem, de Petra Costa, na categoria de Melhor Documentário. Porém, saiu da cerimônia sem o prêmio, que foi entregue ao estadunidense American Factory.
Outras duas produções 100% brasileiras receberiam uma indicação ao Oscar: o curta-metragem Uma História do Futebol, em 2002, e O Menino e o Mundo, indicado na categoria de Melhor Animação em 2017.
Outras coproduções:
Além de Orfeu Negro e Central do Brasil, outras coproduções brasileiras com outros países apareceram no prêmio da Academia.
Um deles é o clássico O Beijo da Mulher-Aranha, do argentino Héctor Babenco. A obra foi indicada à quatro Óscares, incluindo a de Melhor Filme e Melhor Ator (entregue a William Hurt). Como se tratava de uma coprodução com os EUA, não podia concorrer na categoria de Melhor Filme Estrangeiro.

Na categoria de Melhor Documentário, três coproduções figuraram entre as melhores do ano: os filmes Raoni (1979), feito em conjunto com a França e a Bélgica, Lixo Extraordinário, com o Reino Unido, e O Sal da Terra, que uniu Brasil, França e Itália.
Uma coprodução brasileira que uniu muitos países foi Diários de Motocicleta, de 2005. Além do Brasil, Argentina, Peru, Alemanha, Reino Unido, Chile, França e Estados Unidos participaram do filme, Diários de Motocicleta foi indicado aos Óscares de Melhor Roteiro Adaptado e de Melhor Canção Original, categoria na qual venceu.
Em 2018, o filme Me Chame Pelo Seu Nome, de Luca Guadagnino e indicado a quatro estatuetas da Academia (conquistando a de Melhor Roteiro Adaptado), foi produzido por Brasil, Estados Unidos, França e Itália.
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Por Victor Livi – Fala! Cásper