Ir ao cinema é bom. Mas ir ao cinema acompanhado de uma pipoquinha é melhor ainda! A popularidade da combinação é tanta que pipoca e cinema são quase sinônimos.
Mas você sabe o porquê de comermos o delicioso conteúdo do saquinho no cinema? Se não, veja aqui!

A Origem da Pipoca
Antes de tudo, é necessário responder a pergunta: de onde veio a pipoca? O milho estourado, em tradução literal, surgiu no continente americano. Os primeiros europeus descreveram a pipoca como um salgado à base de milho usado pelos indígenas habitantes do continente. Além de alimentar, a pipoca também era utilizada como enfeite de cabelo.
Pipoca? Aqui não!
No século XIX, a pipoca já era vendida em parques e feiras dos Estados Unidos. Ainda no final desse período, surgiram as primeiras manifestações cinematográficas.
A princípio, a pipoca não era bem-vinda aos espaços de exibição. Donos de cinemas consideravam o barulho da pipoca e a sujeira deixada por ela nas salas como obstáculos para a chegada da comida aos ambientes onde os filmes se passavam.
O Filme Falado e a Crise de 1929: popularização do cinema
Se antes os filmes mudos eram mais reservados à elite, visto que a população mais pobre era analfabeta, em 1928, a Warner Bros. deu voz ao cinema.
Assim, a barreira dos intertítulos, abundante nos filmes mudos, foi derrubada e, consequentemente, o acesso às salas por parte das pessoas de baixa renda foi flexibilizado.

Porém, no ano seguinte, a Grande Depressão abalou de forma brutal a economia estadunidense. Na década de 1930, o desemprego no país se manteve ao redor dos 30%.
Com a redução do poder de compra da população, o cinema se manteve como a forma de entretenimento mais favorável, por ser mais barato do que o teatro, por exemplo.

Aproveitando a situação, donos de cinema passaram a autorizar a venda das pipocas, que também eram muito baratas, em suas salas, visto que isso ampliaria seus lucros. Exibidores autorizaram a entrada de ambulantes, que também se beneficiaram com a medida.
Vendedores se aproximaram do público, ficando dentro das salas, e atraíam cada vez mais os espectadores com o cheiro marcante do petisco. Além disso, aperfeiçoamentos como as máquinas de fazer pipoca, do americano Charles T. Manely, ampliaram a venda do alimento. Agora, a pipoca era fundamental para o Cinema.
O custo das telonas
Atualmente, espectadores pagam mais caro nas bombonieres (as “lojinhas” do cinema) do que nos próprios filmes. Em algumas ocasiões, o preço da pipoca chega a ser quase o mesmo do ingresso do cinema.
Nos Estados Unidos, as vendas de pipoca fazem parte de 40% do lucro das salas (2018).
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Por Victor Livi – Fala! Cásper