Discutir sobre a fome no Brasil tornou-se uma problemática a qual todos os cidadãos brasileiros deveriam se atentar para a erradicação desse impasse social, principalmente as esferas com maior poder aquisitivo. Todavia, a camada mais alta da sociedade, como empresários e políticos, tapam os olhos para a solução dessa situação que mata milhares de pessoas todos os anos no Brasil.
A constituição de uma nação é a principal guia e base de ferramenta para a condução de um país melhor e igualitário, para que, assim, as desigualdades sociais não sejam um desafio pertinente durante décadas e mais décadas. Nesse sentido, as esferas políticas têm a obrigação de assegurar todos os direitos a população, mas essa realidade só está inserida nos papéis dos Direitos Humanos e da Constituição Brasileira, os quais são negligenciados pela maioria dos políticos brasileiros, que não dão a devida importância aos indivíduos que precisam ter o necessário para o seu desenvolvimento físico, psíquico e emocional.

Fome no Brasil: a realidade de muitas pessoas
Quando apontamos a fome como um conflito social, precisamos atrelar esse assunto à economia, a qual concentra um grande poder na mão de poucos, isso porque o sistema de produção agrícola não está preocupado se a população brasileira tem condições de consumir os produtos produzidos, mas, sim, como será o método mais eficaz para o seu lucro.
Certamente, vocês devem se perguntar “mas por que o Brasil é referência em produção de alimentos e tem um índice de exportação altíssimo e mesmo assim as pessoas passam fome”? Isso ocorre devido às exportações para outros países serem mais lucrativas do que investir esses produtos em território nacional, e como o agronegócio só se baseia em fins lucrativos, ele segue o que é mais vantajoso para si.
Este sistema é bom para a economia do país, dado que o PIB alcançará maiores números, entretanto, o consumidor local (os brasileiros) e as pessoas mais vulneráveis, como negros e trabalhadores do campo, sofrerão com este sistema capitalista que está enraizado na maioria dos países e acordos mercantis pelo mundo.

Uma das principais características que compõem a catástrofe que a fome apresenta no Brasil são os números, entre eles, cabe mencionar que mais de 10 milhões de pessoas passam fome no Brasil ou sofrem de insegurança alimentar. Também, 23,3% são indivíduos que se concentram em áreas urbanas e 40,1% são pessoas que vivem em áreas rurais. O morador do campo é o mais pobre, pois ele “produz” os alimentos e recebe pouco por esse serviço, fazendo com que essa quantia não seja suficiente para comprá-los.
Assim, é primordial dizer que os brasileiros têm mais insegurança alimentar em relação a todos os países da América Latina, provocando um maior indicie na desigualdade social que ano após ano continua persistindo nesta conjuntura.
Ademais, é primordial abordar a questão da pandemia em território nacional, visto que, com a aprovação do auxílio emergencial aos brasileiros, milhões de cidadãos saíram do índice de pobreza. Entretanto, esses dados não devem ser comemorados, pois, no momento que o auxílio emergencial for interrompido pelo Governo Federal, esses indivíduos voltarão à pobreza extrema, a qual acarreta a fome, a desnutrição, a desigualdade social e muitas outras mazelas e, além disso, esse número só tende a aumentar devido ao agravamento da pandemia e ao crescimento exacerbado do desemprego no país.

Portanto, se você possui condições suficientes de contribuir com alguma categoria de alimento para alimentar as pessoas que sofrem com insegurança alimentar, ajude! Aos que não puderem ajudar desta maneira, noticie e cobre dos órgãos públicos uma posição para que esse conflito seja cessado de uma vez por todas em território nacional, para que possamos realmente levantar e honrar a bandeira do Brasil, a qual luta por ordem e progresso.
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Por Vinicius Macêdo – Fala! UFRJ