Ao longo dos meus pouco menos de 20 anos, sempre tive muita admiração pelo jornalismo e pelos jornalistas. Não é à toa que escolhi essa missão para a minha vida. Nunca houve momento em que eu duvidasse da real importância da informação para a sociedade. Sempre foi muito nítido.
Com o passar do anos e o amadurecimento, percebi que essa profissão não era só um campo de flores. Eu me assustei. E me assusto todos os dias. Como não valorizar aqueles que estão sempre estudando para passarem uma notícia com fundamento, ou seja, prestar um serviço à sociedade?

Hoje, ainda com o sonho e sendo aluno de jornalismo, me apavoro todos os dias ao entrar nas redes sociais. Agressões, calúnias e xingamentos estão cada vez mais presentes contra aqueles que arriscam suas vidas para fazer a diferença do nosso país, os profissionais da imprensa.
É, no mínimo, assustador o que estamos vivendo. Até onde vai a liberdade de expressão? Até onde vai o seu direito de ameaçar o outro? Até onde vai o fanatismo? Fanatismo esse que não tem só uma bandeira. São várias. E, sim, ele existe. Ô, se existe. Pergunte para qualquer jornalista.
Recentemente, descobri que o Brasil é 6º país mais perigoso do mundo para jornalistas, segundo a Unesco. Essa informação me deixou em choque. Que desastre…
Após o choque, veio a vontade. Sim, apesar dos pesares, há uma chama que é a vontade. Vontade de fazer o que acredita. Vontade de fazer a diferença. Vontade de lutar como os milhares dos profissionais que lutam com dignidade.
É duro. Muito duro. Mas é missão. É o que move a gente – nisso me incluo no grupo de jornalistas profissionais.
Contar o passado cabe aos historiadores. E, com esse passado, nós contamos o hoje. Hoje esse que é contado por jornalistas. É um ciclo.
Tenho medo por ter escolhido a profissão de um grupo de pessoas tão incríveis. É assustador. Porém, mais do que o medo, é valioso. É uma honra poder ter esse desejo de querer viver o jornalismo. Porque não há quem faz jornalismo, mas sim, quem vive.
Esse texto surge após eu ter reafirmado meu compromisso com a informação. Deixo, aqui, o meu muito obrigado a todos os que sem comprometem com a verdade. É uma honra ser do tempo de tantos profissionais grandiosos. Nem me arrisco a dizer nomes, porque é certo de que serei injusto, esquecendo de um e outro.
Força, pessoal! O trabalho de vocês é grandioso. Faz a diferença. E é por isso que a imprensa incomoda. Silenciar o jornalismo seria o sonho de muitos. Felizmente, temos profissionais que são entregues à missão e lutam pela verdade.
Vocês inspiram.
Eu sei, vocês sabem e até aqueles que negam também sabem. O jornalismo é necessário. A informação é vital.
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Por Lucas Soares – Fala! UFRJ