O Movimento Empresa Júnior (MEJ) tem a missão de formar, por meio da vivência empresarial, empreendedores comprometidos e capazes de transformar o Brasil

Em 1967, estudantes universitários da Escola Superior de Ciências Econômicas e Comerciais (ESSEC — L’École Supérieure des Sciences Economiques et Commerciales) sentiram a necessidade de aliar o ensino teórico da sala de aula ao aprendizado prático. Nesse anseio por suprir essa deficiência, nasce a primeira Empresa Júnior (EJ) da história, dando a luz ao maior movimento de empreendedorismo jovem do mundo.
Com o intuito de desenvolver habilidades práticas do mercado de trabalho, a Junior ESSEC Conseil, forma uma associação civil sem fins lucrativos cujo objetivo principal é colocar em prática o conhecimento adquirido na graduação. A ideia gerou resultados tão positivos que, em pouco tempo, se espalhou por toda a França. E, atualmente, está presente nas 27 unidades federativas do Brasil.
Movimento Empresa Júnior (MEJ) no Brasil
Devido ao grande sucesso e crescimento das Empresas Juniores em outros países, em 1988, foi fundada a primeira EJ brasileira: Empresa Júnior Fundação Getúlio Vargas, em São Paulo. Juntamente com a chegada das EJs ao Brasil, também foi criada a confederação Brasil Júnior, assim tornando o movimento cada vez mais estruturado.
Atualmente, o MEJ assume o compromisso em disseminar e incentivar o empreendedorismo, buscando formar jovens comprometidos e capazes de transformar o mundo.

Além de disseminar o empreendedorismo, o MEJ também assume o propósito de um desenvolvimento sustentável, com base nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) adotados durante a Cúpula das Nações Unidas em setembro de 2015. Os ODS são compostos por 17 objetivos que deverão ser atingidos até 2030, visando atingir o crescimento econômico do país, diminuir as desigualdades socioeconômicas, o incentivo à igualdade de gênero, entre outras questões.
A Brasil Júnior acredita em uma formação diferenciada dos alunos universitários, sendo possível a partir da conexão da universidade com o mercado de trabalho. É preciso tornar as universidades brasileiras mais empreendedoras, por meio da realização de projetos e uma educação que gera impacto.
Enquanto maior movimento de empreendedorismo jovem do país, é necessário entender o papel da juventude na transformação do Brasil e como o Movimento Empresa Júnior contribui para o alcance de uma sociedade mais ética, educadora, colaborativa e competitiva, buscando instituições e empresas mais íntegras, fortes e com valores consolidados.
Habilidades que os Empresários Juniores desenvolvem
1. Resolução de problemas complexos
Em uma Empresa Júnior, é lidado com clientes reais na execução dos projetos, ou seja, os membros precisam lidar problemas que realmente existem no mercado de trabalho. Assim, é preciso lidar com adversidades em projetos em andamento, engajamento dos membros, cadência do funil de vendas e entre outras questões.
2. Gestão de pessoas
Um dos compromissos do MEJ é formar não apenas executores de projetos, mas também líderes comprometidos. A diretoria de gestão de pessoas é responsável de cuidar do desenvolvimento dos membros e das interações do time nas questões da empresa.
3. Inteligência emocional
Os jovens são constantemente instigados, através de dinâmicas e exercícios, a buscar o autoconhecimento. Tanto em eventos do MEJ quanto na própria empresa, há diversos momentos voltados para entender quais são suas forças e fraquezas. As situações que são mais exercitados o uso da inteligência emocional são quando ocorrem processos seletivos para novos membros, desligamento e resolução de conflitos internos.
4. Capacidade de negociação
Essa habilidade é muito exercitada na área comercial, afinal, é preciso estabelecer preços e mostrar os motivos para o cliente investir na empresa. Além disso, existe o outro lado da negociação: quando trabalhamos em grupo e precisamos abrir mão das nossas ideias individuais pelas que podem ser melhores para o coletivo.
Conclusão
O Movimento Empresa Júnior existe há mais de 50 anos, e continua gerando impacto positivo na formação e desenvolvimento dos jovens. Com a experiência adquirida na EJ, o aluno participa da cultura empreendedora, resultado na transformação de um país mais empreendedor.
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Por Nicole Higino Lima – Fala! Uerj