Por Beatriz Abrantes – Fala!MACK
Sábado, dia 9 de abril. O ex-presidente da República foi preso. As ruas brasileiras borbulharam a favor e contra. Luís Inácio Lula da Silva foi, sem dúvida, uma importante figura para os dois lados políticos: para a direita, um símbolo de corrupção; para a esquerda, um benfeitor. Mas e agora?

A Polícia e o Ministério Público Federal não pararam com as operações contra a corrupção. A prisão de Lula, sim, foi significativa, mas não a premissa para apaziguar as denúncias constantes de propina dentro da política brasileira. Assim como o jornalista Ricardo Boechat disse a respeito, o importante, agora, é olhar para o futuro.
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A Polícia Federal responsável pela Operação Lava-Jato em São Paulo pediu a Procuradoria Geral da República, o reencaminhamento do inquérito de Alckmin na delação da Odebrecht, com um envolvimento de propina de R$10,7 milhões. O caso só foi possível devido a sua saída do cargo de governador do Estado de São Paulo, na sexta-feira (8), que retirou seu direito ao Foro Privilegiado.
Além disso, José Yunes, ex-assessor de Michel Temer, e o coronel aposentado da Polícia Militar João Baptista Lima Filho, dois amigos do presidente, são indiciados a prisão preventiva pelo Ministério Público Federal pelo caso do Quadrilhão do PMDB.
A ação por parte do Executivo não significa que o senso de justiça tenha pairado sobre o país. José Yunes e João Baptista Lima Filho foram liberados da prisão preventiva pelo juiz Marcus Vinicius Reis Bastos, da 12ª Vara da Justiça Federal de Brasília, na quarta-feira (11), o qual alegou que não há como presumir crimes quando há a possibilidade de Michel Temer se candidatar a reeleição.
Foto – Agência O Globo
Geraldo Alckmin teve seu inquérito levado a Justiça Eleitoral de São Paulo também na quarta-feira (11) um fato que foi previsto pelo ex-governador horas antes da ministra do Supremo Tribunal de Justiça (STJ,) Nancy Andrighi, deferir a transição. “A delação é de natureza eleitoral e sem nenhuma procedência. Isso vai ficar claro, é só aguardar um pouquinho”, declarou o tucano.
Se o discurso do fim a corrupção tem alguma chance de perseverar, a pressão popular brasileira também deveria se pautar, não só sobre as delações que envolvem os candidatos às eleições, deputados e senadores, mas também ao próprio Sistema Judiciário do país, que nunca esteve tão iluminado pelos holofotes da mídia brasileira.
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