Joe Biden, candidato à presidência dos Estados Unidos, mencionou perigo do aquecimento global e que é necessário salvar a floresta amazônica, antes que o Brasil a queime

Joe Biden, ex-vice presidente dos EUA nos mandados de Barack Obama, mencionou a Amazônia em seu primeiro debate presidencial contra Donald Trump.
Os incêndios na floresta amazônica começaram em 2019 bem quando os candidatos à presidência americana iniciaram suas campanhas, dificultando-os a discutir questões de proteção ao ambiente, especial na América Latina.
Agora que a disputa segue apenas com o vice-presidente Biden e Donald Trump, é possível observar que ambos os candidatos levam caminhos extremamente diferentes quando se trata de aquecimento global e meio ambiente.
No primeiro debate presidencial, ocorrido ontem (29), o candidato pelo partido democrata afirmou que organizaria um fundo de $20 bilhões de dólares ‘para a floresta amazônica’.
No primeiro ano do governo Bolsonaro, incêndios na Amazônia cresceram em 30% em comparação ao ano anterior. A maior floresta tropical do mundo teve 89.178 focos de fogo em 2019.

O presidente brasileiro, em diversos discursos, afirmou que os incêndios eram causados por ONGs e indígenas. No entanto, sistema da NASA confirmou que 54% do fogo na floresta advém do desmatamento da mata tropical.
De acordo com o Earth Innovation Institute, “mais financiamento certamente ajudaria o maior país da América latina a sustentar seus esforços notáveis e caros para retardar o desmatamento na Amazônia. Entre 2006 e 2015, o Brasil manteve mais de 6 bilhões de toneladas de dióxido de carbono fora da atmosfera e nas árvores, e menos de 4% dessas reduções de emissões foram compensadas. O sucesso globalmente significativo do Brasil vem desmoronando, e o fracasso internacional em cumprir os compromissos anteriores de financiamento é parte do motivo para que isso aconteça”.
No debate, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, não mencionou quaisquer mudanças de sua equipe para proteger o meio ambiente, tanto em escala mundial quanto regional (considerando os focos de fogo em estados como a Califórnia, por exemplo).
No ano passado, Trump retirou o país norte-americano do Acordo de Paris, criado em 2015 e cujo objetivo é diminuir as emissões de gás com efeito de estufa no mundo inteiro, controlando o aquecimento global. O presidente americano afirmou que o acordo só servia para punir a sua nação e enriquecer estrangeiros.
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Por Domitilla Mariotti – Redação Fala!