A Coronavac, vacina desenvolvida no laboratório chinês Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, foi interrompida nesta segunda-feira(9).
A vacina que estava amplamente em fase de testes mais avançados foi suspensa pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), de acordo com os procedimentos das Boas Práticas Clínicas, a qual assegura os testes de possíveis efeitos adversos. Dessa forma, no final do mês passado (29), a Agência foi informada sobre um óbito, o qual se classifica como “evento adverso grave”.

Quais são os eventos adversos graves da Coronavac?
Diante das várias ocorrências que a fase de testes de uma imunização pode se deparar, o óbito de um voluntário é um motivo em destaque para rever a eficiência da vacinação, contudo, não é o único.

Segundo a Anvisa, os eventos adversos graves são:
- Quando a vacina coloca o indivíduo em risco imediato de morte devido às consequências da imunização;
- Óbito;
- Anomalia congênita ou defeito de nascimento;
- Evento clínico significativo;
- Qualquer suspeita de transmissão de agente infeccioso por meio de um dispositivo médico;
- Exige internação hospitalar do paciente ou prolonga a internação;
- Incapacidade ou invalidez contínua ou significativa.
Nessa visão, a decisão da Anvisa interrompe a imunização em novos voluntários do desenvolvimento chinês.
O que dizem os responsáveis da vacina?
O laboratório Sinovac Biotech afirmou em nota que o diretor do “parceiro brasileiro” tem convicção de que a morte não está relacionada à Coronovac e concluiu ao declarar que “estamos confiantes na segurança da vacina.”.
Segundo o UOL, em entrevista com a TV Cultura, o diretor Dimas Covas disse:
Até estranhamos um pouco. É um óbito não relacionado à vacina. Como são mais de 10 mil voluntários nesse momento, a pessoa pode ter um acidente de trânsito e morrer. Isso em nenhum momento para a interrupção do estudo clínico. Isso foi colocado agora à noite pela Anvisa, não foi solicitado o esclarecimento. Solicito aqui para que amanhã, na primeira hora, sejam esclarecidos esses dados.
Afirmou o diretor do Instituto Butantan, o Dimas Covas.
A vacina Coronavac tem sido alvo de grandes investimentos pelo governo de São Paulo, com cerca de 6 milhões da imunização chinesa até dezembro no estado, conforme informações do portal anteriormente citado.
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Por Amanda Marques – Redação Fala!